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MP denuncia policial por morte de mecânico em acidente com 'Lokinho' em Teresina

O disparo fatal efetuado pelo PM aconteceu no momento do tumulto causado após o acidente

O Ministério Público do Piauí denunciou o subtenente da Polícia Militar, Gildásio Lopes de Sousa, pela morte do mecânico Tiago Henrique do Nascimento, de 38 anos. O caso ocorreu em 6 de outubro, após um acidente envolvendo o influencer ‘Lokinho’ e seu namorado Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa, que deixou duas mulheres mortas e crianças feridas na zona Sul de Teresina.

Foto: ReproduçãoHomem que matou mecânico após acidente não estava no carro de Lokinho
Homem que matou mecânico após acidente não estava no carro de Lokinho

Tiago fazia parte de uma multidão que cercou uma viatura do Corpo de Bombeiros onde Pedro Lopes Lima Neto, o ‘Lokinho’, e seu namorado, se refugiavam para evitar linchamento. Gildásio alegou que foi agredido por Tiago e outros populares enquanto tentava proteger os envolvidos no acidente e sua própria filha, que estava com uma criança de colo.

De acordo com o MP, o policial disparou contra Tiago quando este já havia cessado as agressões e tentava fugir. Imagens de testemunhas mostraram que o mecânico corria em direção à via principal quando foi atingido. A investigação não encontrou provas de que Tiago tivesse agredido a filha do policial ou estivesse armado.

"No intuito de resguardar a integridade física dos envolvidos no caso, que haviam acolhido os responsáveis pelo atropelamento fatal, o ora investigado foi alvo de agressões perpetradas pela vítima, Thiago Henrique Nascimento, integrante da multidão que buscava linchar os envolvidos”, descreve o MP.

Foto: ReproduçãoThiago Henrique foi morto com tiro no local onde ocorreu o acidente
Thiago Henrique foi morto com tiro no local onde ocorreu o acidente

“Consta que a vítima teria agredido não apenas Gildásio, deferindo-lhe um chute, mas também a filha deste, que portava uma criança de colo, culminando na queda da mesma ao solo. Diante do contexto de tumulto e violência iminente, após se afastar momentaneamente, o policial sacou sua arma e, ao retornar com a pistola em punho, efetuou o disparo fatal contra Thiago, resultando em sua morte", concluiu.

O Ministério Público apontou excesso na ação de Gildásio, que teria extrapolado os limites da legítima defesa. Além da denúncia por homicídio, o MP pediu a fixação de uma indenização de R$ 100 mil aos herdeiros da vítima e aguarda o avanço do processo judicial.

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