Pessoas em vulnerabilidade eram usadas como laranjas em fraudes bancárias no Piauí
Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e 27 de prisão, sendo 21 presosDurante entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (04/04), o diretor de Inteligência da SSP, delegado Anchieta Nery detalhou como agia o grupo criminoso especializado em fraudes bancárias presos durante e ‘Operação Personagens’, nas cidades de Parnaiba, Luís Correia e Imperatriz (MA). Os envolvidos utilizavam pessoas em situação de vulnerabilidade social para falsificar os documentos de pessoas reais e efetuar empréstimos junto a agências.
“Os líderes dessa organização criminosa elegiam pessoas que realmente existem, laranjas, pegam essas pessoas e montam o personagem. Eles pegam dados de alguém que tem crédito no sistema financeiro, montam o documento com o rosto dessa pessoa de rua, que foi recrutada, e vai receber uma comissão para participar do golpe, com os dados de um cidadão vítima. Uma vez montado o personagem, é realizada a fraude no banco”, detalhou.
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Na operação, onde um dos investigados e considerado peça-chave no esquema criminoso estava na Itália, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e 27 de prisão, sendo 21 presos até o momento.

Durante a ofensiva, 30 mandados de busca e apreensão e 27 de prisão foram cumpridos. Um dos indivíduos investigados, considerado peça-chave no esquema, encontra-se atualmente na Itália, e terá seu mandado incluído na Difusão Vermelha da Interpol, para possível extradição. Ainda conforme a Polícia Civil do Piauí, o grupo criminoso abria contas digitais no nome das vítimas, utilizando até mesmo reconhecimento facial com a participação dos laranjas.

“Essa operação policial investigou uma fraude financeira que lesou bancos do Brasil inteiro em até R$ 12 milhões. Nós tivemos estelionatários do Maranhão e do Piauí que se juntavam para montar personagens, usando dados de pessoas que existem, conectando isso com a imagem de pessoas reais. [...] Foram apreendidos veículos, valores, para sequestrar esse patrimônio amealhado com o crime e restituir esse valor para as vítimas, os bancos e as pessoas físicas lesadas”, concluiu o delegado.

Operação
Ainda conforme o delegado Anchieta Nery, o líder da organização foi preso na cidade de Imperatriz (MA). “Esse indivíduo viajava por diversas cidades do país, ensinando como aplicar esse tipo de golpe financeiro. A operação reforça a importância da inteligência policial e da atuação conjunta entre forças de segurança para o enfrentamento a crimes complexos e com alcance nacional e internacional”, destacou.
