Suspeito de torturar ex-funcionário a mando de empresário é preso em Teresina
O empresário teria contratado homens para sequestrar e agredir a vítima, a quem acusava de furto
A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) prendeu, na noite de segunda-feira (27/10), um homem identificado pelas iniciais F.W.S.B., de 24 anos, suspeito de participar da tortura de um ex-funcionário a mando do empresário Edson Flor, na cidade de Altos. O crime, que também envolveu roubo e extorsão, ocorreu no início de outubro e segue sob investigação.
A prisão foi realizada por equipes da Delegacia Seccional de Altos, com apoio da Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), no bairro Redenção, zona Sul de Teresina. Segundo a polícia, o suspeito estava foragido desde a operação que levou à prisão do empresário na semana passada. Contra ele, havia dois mandados de prisão preventiva pelos crimes de tortura e roubo.
De acordo com o delegado André Moreno, o crime foi planejado pelo empresário, que teria contratado dois homens para sequestrar e agredir um ex-funcionário, a quem acusava de furto.
“Os crimes de tortura e roubo também geraram a operação realizada na semana passada pela Delegacia Seccional de Altos, juntamente com a DRACO, que resultou na prisão de um empresário da cidade. Esse teria contratado dois jovens para torturarem um indivíduo que já havia trabalhado para ele”, explicou o delegado.
A Delegacia Seccional de Altos informou que segue com diligências para identificar outros envolvidos e reunir provas que confirmem a ligação direta entre o mandante e os executores. A ação faz parte do programa Pacto pela Ordem, do Governo do Estado, que tem como foco o combate a crimes violentos e a captura de foragidos.
Empresário suspeito de mandar torturar ex-funcionário
O empresário Edson Flor, apontado como mandante do crime, foi alvo de uma operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), no dia 21 de outubro, pelo crime realizado em Altos. Segundo as investigações, ele teria contratado integrantes de facção criminosa para sequestrar e agredir o ex-funcionário, exigindo transferências via PIX durante o ataque.
A vítima sobreviveu, mas sofreu violência física e psicológica grave. As apurações indicam que o empresário já havia feito acusações semelhantes contra outros empregados, sem apresentar provas concretas.
“Ele teria recorrido a dois faccionados para realizarem, na companhia dele, a tortura. E também houve o delito ali de roubo, extorsão, a gente ainda estava avaliando exatamente o que seria. A gente já identificou os envolvidos a princípio, vai ouvir todo mundo para a gente fechar o inquérito depois”, informou o delegado André Moreno.
