Brechó de luxo em Teresina é suspeito de ‘golpe coletivo'
Ela estima que o valor a receber esteja entre R$ 700 e R$ 800
Uma cliente do brechó de luxo Desapega, em Teresina, relatou com exclusividade ao Conecta Piauí que está sem receber valores referentes a peças vendidas e sem conseguir reaver roupas consignadas. Ela alega que a situação pode configurar um “golpe coletivo”. A denunciante, que prefere não se identificar, afirma que outras pessoas estariam enfrentando o mesmo problema.
O Desapega, conhecido na cidade, mantinha um bom relacionamento com a cliente, que costumava deixar em regime de consignação roupas de marcas como Farm, Dress To e Forum. Segundo ela, os pagamentos eram feitos de forma regular durante o primeiro ano de parceria.
Os problemas teriam começado após a cliente deixar uma nova sacola de roupas em 2024. Pouco tempo depois, ela soube que o brechó havia fechado sua sede anterior, coincidindo com notícias sobre um escândalo envolvendo a proprietária, que gerou comentários nas redes sociais teresinenses.
A denunciante relata que, a partir de então, começou a ter dificuldades para entrar em contato com a equipe. Os repasses de valores pelas vendas, antes feitos em data fixa mensalmente, foram suspensos.
“Desde então, nunca mais consegui receber nenhum dinheiro. Ainda tenho roupas lá, mas eles nunca mais me pagaram”, relata.
Em entrevista ao Conecta Piauí, a cliente afirmou que tentou ir ao local onde funcionava a empresa, mas encontrou a loja frequentemente fechada. Além disso, uma das vendedoras teria relatado que estavam ocorrendo “barracos de clientes” com frequência — pessoas na mesma situação: com dinheiro a receber e roupas retidas.
Segundo a denunciante, desde janeiro deste ano o brechó tem apresentado sucessivas desculpas, como estar “em mudança” ou “desorganizado”. Ela estima que o valor a receber esteja entre R$ 700 e R$ 800 e afirma que sua maior indignação é com a “falta de sinceridade” da empresária, que não tenta um acordo ou parcelamento.
A cliente suspeita que o brechó esteja aplicando um “golpe coletivo” e lamenta que, por se tratar de um estabelecimento de luxo, muitas pessoas evitem expor o problema publicamente. Ela espera que, ao tornar o caso público, a empresária se manifeste e resolva a situação dos clientes.