Piauí conquista 10 medalhas nas Paralimpíadas Escolares Brasileiras de 2025
O atletismo conquistou oito pódios; tênis de mesa e badminton, uma prata cada
RedaçãoA delegação piauiense encerrou a participação nas Paralimpíadas Escolares Brasileiras 2025 com um desempenho histórico. Ao todo, os jovens atletas conquistaram 10 medalhas, sendo seis de prata e quatro de bronze, durante a competição realizada de 17 a 29 de novembro, em São Paulo (SP). O atletismo foi responsável por oito pódios, enquanto o tênis de mesa e o badminton garantiram uma prata cada.
O atletismo foi a modalidade que mais se destacou. Entre os medalhistas, está Antônio Eliardo Silva, de Curralinhos, que conquistou duas medalhas de bronze nas provas de 100m e 60m. Orientado pelo técnico Jozimar Venção, o atleta celebrou a conquista. “Agradeço a Deus, ao meu técnico Jozimar e à Secretaria dos Esportes por essa oportunidade de participar da etapa nacional dessa olimpíada”, agradeceu o medalhista.
Outro destaque foi Pedro Lucas Costa, de Monsenhor Gil, que levou prata nos 400m. Também medalhista e do mesmo município, João Pedro Costa conquistou bronze nos 100m. Ambos são beneficiados pelo programa Bolsa Atleta, iniciativa da Secretaria dos Esportes (Secepi) que garante apoio financeiro mensal ao desenvolvimento esportivo.
O jovem Daniel Alves, de Passagem Franca, também brilhou com prata nos 400m, enquanto Lucas Davi da Silva, do mesmo município, subiu duas vezes ao pódio ao conquistar prata no salto em distância e prata no arremesso de peso. Fechando o quadro do atletismo, Francisco Rafael, de Esperantina, garantiu bronze no arremesso de peso.
Pela primeira vez na história, o tênis de mesa piauiense participou das Paralimpíadas Escolares e já voltou para casa com medalha. Lyvia Keslla, de Teresina, conquistou prata na categoria A, classe I, celebrando o feito. “Eu não estava confiante e minha mãe falou que eu ia conseguir e para eu não desistir. O professor também me ajudou muito e ela rezou muito. Isso é muito gratificante para mim”, destacou a atleta.
O técnico da atleta, professor Jadelson Ribeiro, ressaltou a importância do resultado. “Estamos vivendo um momento histórico. A primeira participação do tênis de mesa nas Paralimpíadas e já com medalha de prata. Isso mostra que o Piauí é forte. A Lívia começou comigo, eu mostrei a primeira raquete para ela, o que mostra que há muitas crianças que podemos atender”, ressaltou o treinador.
No badminton, a teresinense Maria Eduarda conquistou prata na categoria WH2, garantindo mais um pódio para o estado.
Processo de seleção e fortalecimento do esporte paralímpico no estado
A participação do Piauí nas Paralimpíadas Escolares é resultado direto das seletivas estaduais dos Jogos Escolares Piauienses (Jepis), que desde 2023 incorporaram oficialmente modalidades paralímpicas. Em 2025, o evento reuniu 137 atletas de 72 escolas, representando 20 municípios, com idades entre 11 e 17 anos.
Coordenador da delegação piauiense, Ranilson Gonçalves, destacou que o desempenho superou as expectativas, especialmente na modalidade estreante. “Nosso desempenho foi bom, com modalidades nos surpreendendo, como o tênis de mesa, com a atleta Lívia, e a Maria Eduarda, do badminton”.
Ele reforçou ainda o trabalho desenvolvido no atletismo. “A gente vem desenvolvendo o atletismo e conseguimos atingir um bom número de medalhas. Temos que enfatizar o trabalho dos técnicos e familiares que se dedicaram para que esse resultado fosse possível”, completou Ranilson.
A secretária dos Esportes, Josiene Campelo, avaliou positivamente o desempenho e garantiu que o Estado seguirá investindo no esporte paralímpico. “Vamos trabalhar e incentivar ainda mais esses jovens para que possamos aumentar o número de participantes. Já temos uma data pré-aprovada para o próximo ano e em breve divulgaremos, de acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro. Queremos contar cada vez mais com nossos parceiros para alcançarmos resultados ainda melhores para o Piauí”, destacou a gestora.
A conquista das 10 medalhas reforça o crescimento do esporte paralímpico no Piauí e o impacto das políticas públicas de incentivo, como o Bolsa Atleta e a ampliação das modalidades paralímpicas nos Jepis. Para muitos dos jovens participantes, a experiência em São Paulo representa o início de uma trajetória promissora no esporte.