Alepi apresenta o ‘Mais Piauí: água no sertão’ para segurança hídrica no Piauí

O debate tem como objetivo o projeto de interligação das bacias Rio São Francisco, Canindé e Piauí

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou nesta segunda-feira (08/07), o evento ‘Mais Piauí - água no sertão’. Na oportunidade, os deputados estaduais destacaram a necessidade de solucionar o problema de acesso à água no semiárido piauiense.

Foto: Stefanny Sales / Conecta Piauí
Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi)

O debate tem como objetivo o projeto de interligação das bacias Rio São Francisco, Canindé e Piauí. A iniciativa beneficia diversos municípios, entre eles São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Patos do Piauí, Simões, Jaicós, Monsenhor Hipólito, Santo Antônio de Lisboa e Bocaina.

Conforme o Subsecretário de Articulação com Estados e Municípios do Ministério do Planejamento, Geraldo Francisco da Silva Junior, estão sendo realizados estudos para melhor forma de execução da obra de interligação. O Ministério do Planejamento faz frente para possibilitar o projeto relacionado a segurança hídrica do Estado.

“É um debate importante e evidencia, de certa forma, a preocupação que a sociedade piauiense possui com relação à sua segurança hídrica e as inúmeras possibilidades que podem advir da resolutividade dessa questão. O Ministério do Planejamento está desenvolvendo alguns estudos que podem fazer uma análise mais criteriosa e análise de cenários prospectivos com relação à possibilidade de execução dessa obra, desse eixo oeste do projeto de integração de bacias do São Francisco com o rio Parnaíba”, apresentou.

Foto: Alessandra Fonseca/Conecta Piauí
Subsecretário de Articulação com Estados e Municípios do Ministério do Planejamento - Geraldo Francisco da Silva Junior

Para o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, o projeto de interligação é uma das prioridades demandadas ao ministério para ser entregue à população piauiense. Segundo ele, o debate aprofunda as segmentações sobre o projeto.

“Então, garantir a segurança hídrica, as condições de água para o consumo humano, para o consumo animal para as aves, para garantir produção, será um desafio cada vez maior. E acho que a Assembleia Legislativa, ao fazer aqui essa discussão com apresentações, ela abre um conhecimento mais profundo, e eu acho que essa pauta, assim, ela entra na prioridade”, abordou.

Foto: Alessandra Fonseca/Conecta Piauí
Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil - Wellington Dias

Desde 2013, há a tentativa de ser realizado estudo de viabilidade para a execução da obra. Nesse ano, a primeira etapa do projeto deve ser concluída até outubro, sendo ela a coleta de informações, levantamento de dados e análise de custo-benefício, conforme o diretor do Departamento de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Bruno Cravos Alves.

“Essa etapa já indica que há necessidade de complementação de novos estudos para o Canal do Sertão Piauiense. E esses novos estudos, essa complementação, a gente acredita que aí no horizonte de um ano, um ano e meio, eles possam estar concluídos. Também vão ser desenvolvidos pelo Ministério da Integração”, descreveu.

Foto: Alessandra Fonseca/Conecta Piauí
Diretor do Departamento de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Bruno Cravos Alves

Na visão do economista e ex-deputado federal, Jesus Rodrigues, todo o Nordeste possui interesse no rio São Francisco. Dele, partiu a iniciativa e criação do projeto que visa retirar água do rio Parnaíba para distribuir dentro do Piauí, tendo em vista o retorno da água e configurando um ciclo de abastecimento.

“Poderíamos também contemplar São Raimundo Nonato, poderíamos contemplar Caracol, poderíamos contemplar muitas outras regiões semiáridas. Inclusive, um dos pontos de captação é lá em Floriano. E aí, por cima da BR230, ela chega até o Gaturiano, que é um ponto alto do Piauí, e de lá em diante poderia descer por gravidade para atender toda aquela região já vizinha do Ceará. Então, quer dizer, alternativas existem”, pontuou.

Foto: Alessandra Fonseca/Conecta Piauí
Economista e ex-deputado federal, Jesus Rodrigues

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