Conta de luz ficará mais cara no Piauí em julho; confira como economizar
Com esse acionamento, as tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kW/h
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou em março deste ano a bandeira tarifária para o mês de julho será amarela em razão de condições menos favoráveis para geração de energia no País.
Com esse acionamento, as tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos. Uma vez que houve a redução de 37% do valor da bandeira amarela no mês de março, caindo de R$2,989/KWh para R$1,885/KWh.
De acordo com a agência, a bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período.
Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Consultora de relacionamento da Equatorial Piauí, Marina Carneiro, explicou ao Conecta Piauí sobre a bandeira tarifária amarela.
“É uma determinação da agência reguladora ANAEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), para todas as distribuidoras do Brasil. A Equatorial a partir do mês de julho está adicionando a cada 100 kW/h o valor de R$1,88, então essa determinação é para ser cumprida nesse período. O motivo é em virtude de efeitos climáticos, temos previsão para pouca chuva para o segundo semestre e um aumento de consumo no BR-O-BRÓ. Então para o uso das termoelétrica, é necessário adicionar a bandeira tarifária”, disse a consultora.
DICAS PARA OS CONSUMIDORES
A consultora deu dicas de como manter ou reduzir o consumo de energia.
“Nós temos nas residências três vilões, ar-condicionado, geladeira e ferro elétrico. Ar-condicionado, tentar não utilizar entre 16 e 17 e sim a partir dos 20 graus. A geladeira tem que fazer o teste do papel, coloque o papel, feche e veja se ele está sustentando, se ele sair com facilidade é porque está ocorrendo fuga de energia. O ferro elétrico é tentar acumular o máximo possível de roupas para serem passadas de uma vez só e não utilizar diariamente”, disse Marina Carneiro.
PRIMEIRA ALTERAÇÃO DESDE 2022
Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde. Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas. Antes das bandeiras, o repasse desses custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto. Dessa forma, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta.
Com o acionamento da bandeira amarela, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais.
SISTEMA DE BANDEIRAS
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.