Cerca de 400 famílias sobrevivem do lixão de Teresina, diz vereador
Com audiência marcada para 9 de outubro, Câmara discute condições dignas às famílias
A questão do lixão de Teresina voltou a ser pauta na Câmara Municipal de Teresina (CMT) em sessão nesta quarta-feira (01). Com audiência marcada para 9 de outubro, o vereador João Pereira (PT) destacou a necessidade de garantir condições de sobrevivência dignas às cerca de 400 famílias que dependiam do lixão.
Embora defenda o fechamento do espaço, o parlamentar ressaltou que apenas programas sociais não são suficientes e propôs a inserção dos trabalhadores em cooperativas de reciclagem, com apoio de empresas, fornecimento de equipamentos de proteção e destinação correta dos resíduos. Atualmente, segundo o vereador, as famílias estariam disputando o espaço com urubus.
"Nós não podemos deixar essas 400 famílias abandonadas, porque o lixão está fechado e como é que elas vão sobreviver? Sou a favor de fechar, sou, mas ao mesmo tempo você pega aquelas famílias e colocam elas não em programas sociais, é preciso a gente tirar esse negócio de que os programas sociais e a saída não é, você está diante de um mercado promissor, que é catar material reciclável, você pega aqui as grandes empresas, por exemplo, faz uma parceria, coloca lá, divide esses homens e mulheres, coloca equipamentos, EPIs, faz a catação do material reciclável", afirmou.
Também foi discutida a necessidade da separação adequada dos resíduos destinados aos lixões. O vereador mencionou a atual situação do lixão de Altos e de Nazária, na região metropolitana da capital, que "só estão recebendo lixo sem a separação adequada". O destino final, na visão de João Pereira, deveria ser aterros sanitários que são controlados e planejados para receber os resíduos sem prejudicar o meio ambiente e a saúde pública.