HGV realiza cirurgia de alto risco para retirar tumor cerebral em jovem de 22 anos

A diretora geral do HGV, Nirvania Carvalho, disse que o procedimento só pode ser realizado no HGV

O Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou, na última sexta-feira (18), uma microcirurgia inédita para retirada de um tumor intracraniano. O procedimento foi realizado por uma equipe multiprofissional para a monitorização intraoperatória das funções cerebrais, com monitorização eletrofisiológica e cognitiva intraoperatória. A paciente, uma jovem de 22 anos, está em recuperação pós-operatória.

A diretora geral do HGV, Nirvania Carvalho, afirmou que o procedimento de alta complexidade só pode ser realizado no HGV. Ela também destacou que o motivo é a alta capacidade resolutiva do hospital.

A paciente que realizou a cirurgia é do município de Santa Luzia, no Maranhão. Ela explicou que sentia fortes dores de cabeça e veio a Teresina em busca de um atendimento especializado que pudesse ajudá-la.

“Eu sentia fortes dores na cabeça, até chegava a desmaiar. Procuramos atendimento médico em Teresina e o neurologista disse que era caso de urgência. Fui internada no Hospital do bairro Dirceu, transferida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e lá, disseram que somente o HGV fazia essa cirurgia”, informou a paciente.

Foto: Divulgação / Sesapi
HGV realiza cirurgia de alto risco para retirada de tumor cerebral

O neurocirurgião Leonardo Moura, responsável pela equipe que realizou a cirurgia, destaca que para o procedimento, foi aplicada uma anestesia especial.

“Utilizamos uma técnica de neurocirurgia com o paciente acordado em situações em que os tumores cerebrais estão localizados em áreas eloquentes do cérebro, principalmente na área da linguagem. Realizamos uma anestesia especial na qual o paciente dorme no início da cirurgia durante o acesso cirúrgico. Ao visualizarmos a região cerebral com tumor, utilizamos estimulação elétrica direta na superfície cerebral em combinação com vários testes cognitivos para mapear qual região é segura para ser ressecada sem causar prejuízos na linguagem do paciente. O paciente permanece acordado para que ele esteja responsivo e participando de forma ativa da testagem realizada”, explicou o neurocirurgião.

Também fizeram parte da equipe os neurocirurgiões Arquimedes Cardoso e Esmálio Barroso e o residente Marcos David, além de uma equipe multiprofissional composta pelo anestesistas Kelson Jacobina, da neurofisiologista Fernanda Emanuelle Amorim, a neuropsicóloga Gardênia Guedes e toda a equipe de enfermagem do centro cirúrgico do HGV como apoio.

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