Seduc promove 1º Encontro Formativo da Renalfa 2025 com foco em equidade racial
Encontro contou com palestra da ex-ministra Nilma Lino sobre equidade racial na EducaçãoA Secretaria de Estado da Educação (Seduc) do Piauí, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizou o 1º Encontro Formativo Presencial da Renalfa 2025 nesta quarta-feira (14/05), no Blue Tree Towers Rio Poty, em Teresina. O evento contou com a presença da ex-ministra Nilma Lino, que atuou nas pastas das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, trazendo experiência e visão sobre a importância da educação na promoção da equidade social.

Com a participação de 350 pessoas, entre articuladores regionais e municipais, o encontro teve como objetivo promover a formação e reelaborar o Plano de Trabalho Anual (PTA) de 2025, visando fortalecer a qualidade da alfabetização em todo o país. O evento é parte das iniciativas do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) e do Programa Piauiense de Alfabetização na Idade Certa (PPAIC), reafirmando o compromisso do Governo do Piauí com a educação de qualidade e a equidade educacional.
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O secretário de Educação do Piauí, Washington Bandeira, ressalta o papel estratégico das ações do Estado em parceria com os municípios para garantir a alfabetização das crianças na idade certa. “É o apoio do governo do Estado aos municípios para que a gente possa alcançar os melhores índices de alfabetização na idade certa das nossas crianças. Então aqui hoje nós estamos fazendo mais uma capacitação, mais uma formação dos alfabetizadores, dos articuladores dessa rede de alfabetização, pra que a gente possa ter uma atuação cada vez mais estratégica, se apropriando, analisando os dados de cada município e tendo uma atuação muito personalizada com as crianças que ainda estão em nível de preleitor, ainda estão distantes da alfabetização", explica.

A ex-ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, defende que a alfabetização na idade certa deve incorporar a equidade racial como eixo central do processo. “Não é só alfabetizar as crianças como se fossem um bloco homogêneo. É preciso reconhecer que temos crianças quilombolas, indígenas, pretas, pardas, brancas, e que essa diversidade deve estar presente nos materiais, nas formações, nos projetos pedagógicos”, afirma.
Ela elogia as iniciativas do Piauí, mas destaca que o desafio vai além da inserção de temas: “Trabalhar por uma educação antirracista exige reestruturação curricular, revisão de normas escolares e escuta das famílias e territórios. Racismo é estrutural, então o combate também precisa ser”, pontua.

Noette Moura, formadora do PPAIC em Susuapara, ressalta o impacto da palestra ministrada pela ex-ministra Nilma Lino Gomes. “Uma palestra como essa, com um ícone da educação étnico-racial, nos traz muitas ideias, aprendizados e contribui para desmistificar conceitos enraizados sobre igualdade e equidade. São práticas e ações que precisamos implementar com urgência nos nossos municípios. Isso exige um olhar atento não só como educadores, mas como pessoas, repensando nossas atitudes cotidianas com as crianças”, pontua.

Gabriel Oliveira, coordenador regional do PPAIC em Floriano, destaca que a promoção da equidade racial na Educação é fundamental para transformar a sociedade desde as primeiras etapas da vida. “A importância da equidade racial é nós construirmos uma sociedade mais justa e mais igual desde a infância, desde a primeira infância. Assim, a gente vai contribuir para o combate ao racismo, que é algo histórico dentro da nossa sociedade brasileira”, defende.
