UFPI alerta para risco de colapso financeiro; entenda o caso
De acordo com a universidade, em agosto foi realizado um estorno de R$ 14,9 milhõesA Universidade Federal do Piauí (UFPI) publicou na manhã desta terça-feira (13/08), uma nota sobre o bloqueio do valor de R$ 23 milhões do orçamento discricionário, imposto pelo Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a universidade, em agosto foi realizado um estorno de R$ 14,9 milhões, que representa uma redução significativa de 12% no orçamento da instituição.
- Receba Notícias do Conecta Piauí pelo Whatsapp
- Confira tabelas e resultados dos principais campeonatos.
CONFIRA A NOTA COMPLETA:
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi impactada, no início de agosto de 2024, por um estorno de limite de empenho no valor de R$ 14,9 milhões em seu orçamento discricionário, imposto pelo Ministério da Educação (MEC).
Esse montante representa uma redução significativa de 12% no orçamento da instituição. A Junta de Execução Orçamentária (JEO) comunicou a necessidade de um estorno de 18% nos limites de empenho para o MEC, referente às LOSS TR despesas discricionárias de RP 2 das universidades, o que equivale a um bloqueio superior a R$ 23 milhões para a UFPI.
Atualmente, o orçamento discricionário total da UFPI é de R$ 127,9 milhões, o que se revela insuficiente para cobrir as necessidades básicas de funcionamento das atividades-fim e meio da universidade. Com despesas previstas e contratadas na ordem de R$ 133 milhões para o funcionamento básico, a UFPI enfrenta agora o desafio de administrar gastos essenciais, como energia elétrica, água, limpeza, terceirização, segurança, combustível, manutenção de frota e predial, além das atividades-fim, que incluem aulas loss v práticas e assistência estudantil, com um orçamento ainda mais restrito.
O Ministério da Educação (MEC) prevê duas janelas para a liberação de recursos até o final de 2024, embora os valores ainda não tenham sido definidos. Isso exige que a UFPI reavalie suas despesas, priorizando a manutenção das atividades essenciais e implementando medidas de redução ainda em 2024, para evitar um endividamento que possa gerar um efeito "bola de neve" de despesas em 2025.
Apesar das promessas de novas liberações de recursos até o final do ano, o cenário apresenta um risco de colapso no pagamento das despesas da instituição. É necessária uma reavaliação rigorosa das despesas, com a colaboração de todos os gestores, para garantir o mínimo necessário ao funcionamento da UFPI.
A UFPI mantém seu firme compromisso de dialogar com o governo e com a sociedade para buscar soluções que preservem a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, pilares fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do nosso Estado.