PF indicia Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação de jogo
O jogador teria forçado a aplicação de um cartão amarelo para beneficiar apostadoresA Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de resultado durante uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023. O jogador teria forçado a aplicação de um cartão amarelo em benefício de apostadores, segundo apontam as investigações.
Entenda o caso
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O episódio ocorreu na 31ª rodada do Brasileirão, em partida entre Flamengo e Santos, realizada em Brasília. Segundo a PF, Bruno Henrique teria combinado com o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, o momento exato em que receberia o terceiro cartão amarelo, o que o deixaria suspenso para a rodada seguinte.

Na conversa obtida no celular do irmão, apreendido pela PF, Wander pergunta:
“Tio, você está com dois cartões no Brasileiro?”
Bruno Henrique responde:
“Sim”.
Em seguida, o irmão sugere:
“Quando o pessoal mandar tomar o 3º, liga nós hein kkkk”.
Bruno responde de forma direta:
“Contra o Santos”.
Família envolvida no esquema
Além de Bruno Henrique, foram indiciados:
Wander Nunes Pinto Júnior (irmão do jogador)
Ludymilla Araújo Lima (esposa de Wander)
Poliana Ester Nunes Cardoso (prima do jogador)
Segundo a Polícia Federal, os três teriam realizado apostas relacionadas ao cartão amarelo de Bruno Henrique.
Investigações e provas
As investigações começaram em agosto de 2023, após casas de apostas denunciarem movimentações suspeitas envolvendo o nome do atacante. No total, foram analisadas quase 4 mil conversas no WhatsApp de Bruno Henrique. Apesar de muitas mensagens estarem apagadas, os diálogos encontrados no celular do irmão foram considerados provas contundentes de envolvimento no esquema.
Inidiciados
Bruno Henrique e seu irmão foram indiciados com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata sobre fraude em competições, além de estelionato. As penas somadas podem variar entre três e onze anos de prisão. A defesa do jogador ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.