Dois casos suspeitos de intoxicação por metanol são descartados no Piauí
Amostras coletadas em pacientes de Teresina e Parnaíba não apresentaram presença da substânciaO diretor do Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou ao Conecta Piauí nesta quinta-feira (9) que dois casos investigados como suspeita de intoxicação por metanol no Piauí foram descartados após análise laboratorial.

As amostras coletadas em pacientes de Teresina e Parnaíba não apresentaram presença da substância.
Segundo o diretor do IML, Antônio Nunes, os exames realizados não detectaram a presença da substância nem nas amostras dos pacientes, nem em uma bebida também analisada.
“Dos casos suspeitos que já foram notificados no estado do Piauí, os dois deram negativo. E mais uma bebida também deu negativo. Ou seja, dos quatro casos, dois já estão descartados”, afirmou o diretor do IML.
Ele explicou que a apuração e o acompanhamento desses casos são feitos por um grupo multidisciplinar, criado por meio da Sala de Situação, composta por representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Secretaria de Segurança Pública, Polícia Civil, Perícia, Polícia Científica, Vigilância Sanitária, Ministério Público e Procon.
“Todos os casos suspeitos do interior que aparecem em hospitais são notificados e o material coletado é enviado para o Lacen, em Teresina. O Lacen repassa para o laboratório de toxicologia do IML, onde é feito o exame”, detalhou o diretor.
De acordo com ele, os resultados costumam ser emitidos em até 10 dias, mas os exames de emergência, como os que envolvem suspeita de intoxicação, são priorizados e entregues em poucas horas.
“A gente faz esses exames no prazo de até 10 dias, mas quando chega um caso de emergência, liberamos o resultado em 3 a 4 horas para ajudar no tratamento do paciente”.
O diretor destacou ainda que, até o momento, não há registro confirmado de intoxicação por metanol no Piauí. Ele mencionou também que informações recentes vindas de São Paulo apontam que, em outros estados, os casos identificados envolvem adulteração de bebidas, e não contaminação acidental.
“É importante dizer que lá em São Paulo já foi confirmado que se trata de uma adulteração, que é diferente de contaminação. Contaminação é quando algo dá errado por técnica ou acidente. Já a adulteração é feita de propósito, quando alguém coloca a substância intencionalmente”, concluiu.