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Coligação pede cassação de prefeito e vice de Arraial do Piauí suspeito de Caixa 2

A denúncia foi protocolada na 61ª Zona Eleitoral do Piauí na última sexta-feira (31/01)
Redação

A coligação "A União Constrói Um Novo Futuro", liderada pelo PSD, protocolou uma denúncia na 61ª Zona Eleitoral do Piauí na última sexta-feira (31/01), pedindo a cassação do mandato do prefeito eleito de Arraial do Piauí, Aldemes Barroso da Silva (PP), e de seu vice, Numas Pereira Porto. A representação aponta indícios de abuso de poder econômico e suspeitas de Caixa 2 durante a campanha eleitoral.

Foto: ReproduçãoColigação pede cassação de prefeito e vice de Arraial do Piauí suspeito de Caixa 2
Coligação pede cassação de prefeito e vice de Arraial do Piauí suspeito de Caixa 2

A ação, assinada pelo advogado eleitoral Wallyson dos Anjos, destaca pelo menos dois eventos realizados fora do município sem a devida prestação de contas à Justiça Eleitoral. As evidências incluem imagens, vídeos e documentos que reforçam as acusações de irregularidades.

Eventos não declarados

O primeiro evento mencionado na denúncia teria ocorrido em 13 de setembro, às 18h30, na cidade de Teresina, no Giga Espaço Eventos. De acordo com a representação, o próprio candidato Aldemes Barroso divulgou o convite em suas redes sociais.

No local, foram identificadas estrutura de som, iluminação, balões, distribuição de bebidas e um show ao vivo. “Foi possível aferir que as bebidas, o material do evento, bem como, a contratação do local/espaço e da Banda, não restaram declaradas pelo candidato, comprometendo assim, a transparência e a apreciação da prestação de contas", aponta a denúncia.

A locação do espaço para uma sexta-feira, conforme informações apresentadas pelo Giga Espaço Eventos, custaria R$ 730, valor que não foi registrado na prestação de contas da campanha.

Outro evento citado na representação ocorreu em Floriano, em 19 de setembro. Segundo a denúncia, houve novamente distribuição de bebidas, incluindo cerveja, refrigerantes, cajuína e até whisky Old Parr. A coligação argumenta que nem a locação do espaço nem os custos com bebidas foram contabilizados.

Carreatas e materiais não registrados

Além dos eventos, a denúncia também traz imagens de carreatas e outras atividades de campanha, onde alegadamente ocorreram despesas não declaradas. O documento aponta doações de paredões de som, combustíveis, camisetas, bandeiras e tendas que teriam sido omitidas da prestação de contas oficial.

Desequilíbrio eleitoral

Para a coligação denunciante, a omissão dessas despesas caracteriza abuso de poder econômico e gerou um "claro desequilíbrio eleitoral". A ação pede a cassação dos mandatos de Aldemes Barroso da Silva e Numas Pereira Porto, além de outras penalidades previstas pela legislação eleitoral.

O caso agora segue para análise da Justiça Eleitoral, que deverá avaliar as provas e decidir sobre o futuro do mandato dos acusados. O espaço fica aberto para posicionamento da defesa dos acusados.

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