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Eclipse solar 'anel de fogo' poderá ser visto no Piauí em outubro

O eclipse anular do sol de 14 de outubro será visível como parcial em todo o Brasil
Redação

O Eclipse solar será visível no Piauí e outras regiões do mundo no dia 14 de outubro de 2023. O fenômeno astronômico ocorre quando a lua se alinha entre a Terra e o sol, cobrindo a maior parte do disco solar e deixando apenas um "anel de fogo" brilhante ao redor da borda. O eclipse será visível como anular em uma faixa de terra que passa pelos estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Foto: DivulgaçãoEclipse solar
Eclipse solar

De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional, Dra. Josina Nascimento, um eclipse anular do sol é um fenômeno astronômico em que a lua se alinha entre a Terra e o sol, cobrindo a maior parte do disco solar, mas deixando apenas um "anel de fogo" brilhante ao redor da borda. Já um eclipse total do sol ocorre quando a lua cobre completamente o disco solar, deixando apenas a coroa solar visível. A principal diferença é que no eclipse anular a Lua está mais distante da Terra e seu diâmetro aparente não fica exatamente igual ao diâmetro aparente do Sol.

“Tanto no eclipse total quanto no anular a lua está alinhada entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial”, explica a astrônoma.

Os eclipses anulares do sol não são raros, a questão é que é visível como anular em apenas uma faixa estreita da Terra. E numa faixa maior é visto como parcial. O mesmo ocorre com os eclipses totais do sol.

O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do Brasil. No ano que vem teremos um eclipse total do Sol visível como total nos Estados Unidos e depois teremos, dia dois de outubro, um eclipse anular do sol visível como anular no extremo sul da América do Sul. Somente em seis de fevereiro de 2028 haverá um outro eclipse anular visível no Brasil e a faixa de anularidade passará somente pela região Norte brasileira. 

Segundo Josina, este eclipse anular do sol de 14 de outubro será visível como parcial em todo o Brasil. Será visível como anular em uma faixa de terra que passa pelos estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Foto: Divulgação / NasaEclipse
Eclipse

Quanto mais distante da faixa de anularidade estiver o observador, menor será a parte do sol encoberta pela Lua. No Rio de Janeiro será visível somente como parcial, tendo início às 15h43. O máximo do eclipse ocorre às 16h51 e o evento termina às 17h50 – totalizando duas horas e sete minutos de eclipse.

Por fim, Josina observa que em hipótese alguma se deve olhar diretamente para o sol, nem mesmo com o uso de películas de raio-x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição, mesmo de poucos segundos, danifica a retina de modo irreversível. Para olhar diretamente para o sol somente com o uso de filtros solares apropriados:

“Nunca use um telescópio, pois o dano será imediato e também irreversível. Somente se pode usar telescópio apropriado, com filtro apropriado e sob supervisão de profissionais. Uma outra forma é a projeção, ou seja observação indireta. É bem fácil construir um aparato. Pode-se simplesmente usar um pedaço de papelão, como por exemplo uma tampa de caixa de pizza, e fazer um furo no meio. Coloca-se um papel branco no chão e  direciona-se o furo para a direção do sol. O eclipse é visto tranquilamente no papel no chão. Há uma série de construções interessantes para a observação indireta”, informou.

Confira abaixo a lista de transmissões do "O céu em sua casa: observação remota" dos últimos eclipses:

Eclipse Solar Híbrido – abril de 2023

Eclipse parcial do Sol – outubro de 2022

Eclipse parcial do Sol – abril de 2022

Eclipse Anular do Sol – junho de 2021

Fonte: Observatório Nacional

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