Interdição de 90 dias da Ponte Metálica espera decisão das prefeituras, diz CREA
A medida de reparos só será tomada caso as prefeituras de Teresina e Timon autorizemA Ponte João Luís Ferreira, conhecida como Ponte Metálica, que liga as cidades de Teresina (PI) e Timon (MA), pode ficar interditada por um período de até 90 dias. A informação foi divulgada pela Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), empresa responsável pela manutenção da estrutura.

Nesta sexta-feira (30/05), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI) realizou uma entrevista para esclarecer os detalhes sobre a possível interdição, ressaltando que a medida só será tomada caso as prefeituras de Teresina e Timon autorizem.
- Receba Notícias do Conecta Piauí pelo Whatsapp
- Confira tabelas e resultados dos principais campeonatos.

A empresa informou que será uma manutenção estrutural e que a obra terá duas etapas. Na primeira, será feita manutenção no pavimento rodoviário e na via férrea. Essa fase terá duração de seis meses, onde os três primeiros, a ponte ficará interditada.
A segunda fase, que também deve ter seis meses de duração, será feita manutenção em pilares e estacas de fundação. Nessa etapa, a ponte deve funcionar normalmente, apenas com interferências pontuais no trânsito.
“A nota que foi veiculada é que esse trabalho será realizado em dois períodos, duas fases. Uma fase voltada para o tabuleiro da ponte, que é a parte superior onde passa carros, onde passam os pedestres e ciclistas. E outra parte é a interdição estrutural, que vai acontecer no pilar, principalmente no pilar P4, que é o pilar que foi estudado pelo CREA”, explicou Hércules Medeiros, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI).

Conforme a FTL, as obras serão iniciadas assim que houver liberação das prefeituras de Teresina e Timon (MA), para ser feita a interdição prevista.
“A interdição também está marcada, segundo foi veiculado, após a liberação das prefeituras de Terezinha e Timon, exatamente por conta do impacto que é causado no trânsito das duas cidades”, confirmou o presidente.
“Com o nosso relatório, a gente constatou a necessidade de intervenções de manutenção, principalmente em relação às estacas da fundação do Pilar P4, como o presidente já frisou, e os aparelhos de apoio, que são os elementos metálicos que fazem a transição entre a fundação e a estrutura propriamente dita. Então, esses elementos que a gente constatou que já existe um processo de corrosão, que esse processo evolutivo e precisa ser interrompido para a questão de manutenção da estabilidade da estrutura”, ressaltou Cleitmã Oliveira, membro da comissão do Crea.

“Como a gente ainda não recebeu essa nota técnica oficialmente, a gente não tem estudo de tráfego e também a gente não tem resposta ainda da prefeitura de Teresina, bem como a prefeitura também de Timon. Eu acho que é importante analisar essa parte, acredito que os dois órgãos estão olhando essa parte porque essa ponte é uma ponte que assim, dá a maior vazão entre os dois municípios”, informou Wellysson Sousa, superintendente do Crea.
