Março Lilás: especialista explica formas de prevenir o câncer do colo de útero

Março é um mês dedicado à saúde da mulher, com destaque para a campanha Março Lilás, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o combate ao câncer de colo de útero. 

Foto: Reprodução

Março Lilás: especialista explica prevenção ao câncer do colo de útero

Esse tipo de câncer, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro mais comum entre as mulheres e a quarta principal causa de morte feminina por câncer no Brasil, com uma estimativa de 17 mil novos casos por ano. 

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Em entrevista ao Conecta Piauí, André Sobral, médico oncologista da Clínica Onco Bem, do hospital Getúlio Vargas, falou do quanto a medicina avançou e com esse avanço o câncer de útero ficou muito mais fácil de ser prevenido e até erradicado. 

Foto: Conecta Piauí

André Sobral, médico oncologista da Clínica Onco Bem, HGV

“Se espera em torno de 600 mil casos novos, mas o que a gente observa hoje é que no mundo desenvolvido, naqueles países, Europa, Estados Unidos, Japão, Austrália, a incidência do câncer de colo de útero tem caído drasticamente, exatamente por ser um tumor altamente prevenível, mas mais importante do que isso, é um tumor que pode ser prevenível e mesmo é erradicado da nossa sociedade”, disse. 

Onde o câncer se instala? 

O câncer de colo uterino é uma estrutura ligada ao útero, é um pedaço do útero da mulher que fica na parte mais interna da vagina. Esse câncer, no ínicio, é assintomático, ele não traz nenhum sintoma, por isso a prevenção se faz necessária. 

Sintomas 

Quando se desenvolve, esses são os sintomas mais comuns: sangramento e dor no ato sexual, corrimento vaginal, em situações de diagnóstico um pouco mais tardio, pode haver dor pélvica, dor lombar, perda de peso e fraqueza. Esses sintomas, em geral, são bem inespecíficos, então existem sintomas que são ligados diretamente ao túmulo coluterino. 

Causas 

André Sobral explica que quando se trata dos fatores que levam ao câncer propriamente dito, o risco maior de desenvolver a doença é através de infecções contraídas no ato sexual. 

 “Quando a gente fala de início do câncer ou causa do câncer, a gente sabe que o câncer de forma geral é uma doença multifatorial, mas no caso do tumor do colaterina, a grande maioria, mais de 90% dos casos, são causados pela infecção por um vírus chamado HPV, o ato sexual é o que leva a infecção pelo HPV. Portanto, a gente sabe da causa da grande maioria dos tumores de colo uterino”, destacou. 

Prevenção 

Sobral destacou duas formas primordiais para a prevenção da doença. “Existem duas formas principais de prevenir a infecção, uma delas a mais efetiva é a vacinação contra o HPV, que está disponível no nosso meio, o SUS fornece a todas as crianças, e na verdade a indicação atual é que as crianças de 9 a 14 anos de idade, como as mulheres, devem receber as duas doses da vacinação contra o HPV. A vacinação é muito efetiva e ela diminui a incidência de câncer em mais de 90% e 100%”, destacou. 

A segunda forma de prevenção é o cuidado no ato sexual, usando camisinhas nas primeiras relações e evitando infecções que levam ao desenvolvimento do câncer de útero.