MST denuncia ação agressiva da Guarda de Teresina em ocupação no bairro Ininga
Comunidade denuncia falta de documentação e violência durante ação da prefeituraMoradores do bairro Inhinga, na zona Leste Teresina, que integram o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), denunciam ações agressivas da Guarda Municipal durante tentativas de desocupação. Segundo os relatos, a prefeitura tem enviado agentes ao local sem apresentar documentação que comprove a ordem de retirada.

Raimundo Silva, morador da ocupação, critica a ausência de respaldo legal nas ações da Prefeitura. "Ficamos em uma situação incômoda, insalubre, porque eles não provam de quem são as terras, não trazem papel, prova, nenhuma justificativa para afastar nós com tanta violência. Nós temos consciência, se eles chegarem com ordem judicial, nós renunciamos. Mas como eles não têm nada justificando que a terra vai ser ocupada por algum projeto municipal, estamos tomando a iniciativa de ocupar a terra, pois estão abandonadas há décadas. E é do município, como é do município, achamos que podemos usar a terra pois as pessoas não têm onde morar", argumenta.
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Luana de Souza, moradora da comunidade, relata ter sido vítima de violência durante a tentativa de desocupação. "Chegaram e não mostraram nenhum papel pra gente com ordem de despejo. Eu tava com minha filha dentro de casa e eles disseram que iam derrubar com ela lá dentro. Uma policial da Guarda Municipal me empurrou com força, eu senti que ela tava botando força mesmo, e eu com a minha filha no braço. Só saí porque ela tava cercada de outros policiais, senão eu não tinha saído. Minha amiga também foi agredida, empurraram ela com força, e ela só saiu porque tem problema de saúde. Enquanto tiver madeira pra fazer casa, a gente vai resistir, não vamos desistir. Esse terreno tá há mais de 50 anos abandonado, passa uma galeria cheia de bicho, mosquito da dengue, e a prefeitura só alega que é deles, mas nunca fez nada. A gente vai resistir até o fim", denuncia.
