O Fogo Amigo de Jeová
Silvio Mendes, reservou-lhe uma posição árdua, longe dos holofotesÉ público e notório o incômodo do grande líder político e atual vice-prefeito Jeová Alencar. O mandatário do Palácio da Cidade, Silvio Mendes, reservou-lhe uma posição árdua, longe dos holofotes da gestão, o que tem causado um visível desconforto e levado o vice-prefeito a adotar uma estratégia peculiar: “jogar parado” e criar conflitos inusitados contra aliados do prefeito.

O 3º e mais recente caso:
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Atualmente, Jeová concentra seus esforços para fritar Marcos Elvas, secretário de Administração e um dos principais aliados de Silvio Mendes. A percepção de que está perdendo completamente o controle sobre os terceirizados do município fez com que o vice-prefeito passasse a mirar diretamente no centralizador Elvas.
A tática de fritura começou pela imprensa e também por meio de uma greve/manifestação dos profissionais terceirizados da limpeza pública. O movimento foi liderado por Jonatas Miranda, presidente do Sindicato dos Empregados de Empresa de Asseio e Conservação, um dos principais aliados de Jeová nesse tema.
O caso segue em aberto…
Os dois primeiros casos:
1º Caso: O ataque frustrado contra Ismael Silva
Logo no início do ano, Jeová, através de seus aliados nos bastidores, Samantha e Luís André, tentou desmoralizar publicamente Ismael Silva, o “queridinho” de Silvio Mendes. A narrativa era simples: transformar Ismael em um político ganancioso, que queria acumular cargos tanto no gabinete quanto na SEMEC.
Porém, a investida foi em vão. O vento soprado por Jeová não foi suficiente para derrubar a estrela ascendente do prefeito. Ismael logo se pronunciou, deixando claro que jamais pediu cargos à correligionária do partido, desmontando assim o ataque.
2º Caso: A tentativa frustrada de controlar as comissões da Câmara
Mesmo após sua derrota na eleição da Mesa Diretora, Jeová ainda tentava exercer influência sobre as comissões da Câmara. Para isso, articulou um bloco parlamentar que mantinha Petrus e Samantha enfraquecidos diante da maioria numérica composta por Pedro Alcântara, Samuel Alencar e Ana Fidelis. O objetivo? Impedir que Petrus assumisse a CCJ e que Samantha fosse para a Comissão de Finanças.
Mas o jogo virou. Percebendo a armadilha, Petrus desfez o bloco e criou um grupo apenas do PP, garantindo, ao lado de Samantha, domínio sobre as comissões. Mesmo com essa reviravolta, Jeová ainda conseguiu articular um último bloco grande o suficiente para indicar um nome para a CCJ. Saiu com um gostinho de vitória, mas viu Samantha votar em Joaquim para a presidência da Comissão de Finanças, contrariando seu desejo de colocar Luiz André no cargo.
A Água Só Deságua no Mar
É fato que Jeová construiu seu poder na Presidência da Câmara, mas, hoje, suas forças no parlamento estão reduzidas a quase nada – ou, para ser mais exato, a nada. Diante desse cenário, sua única saída é tentar influenciar a escolha do próximo presidente do biênio e, assim, pavimentar sua candidatura natural à sucessão municipal.
O problema? O atual presidente da Câmara, Enzo Samuel, não tem a menor intenção de facilitar esse plano. Além de ter maioria na Casa, Enzo sabe construir alianças e conta com apoios estratégicos:
• Senador Ciro Nogueira, peça-chave na política estadual;
• Professor Charles da Silveira, com influência dentro da gestão municipal;
• Governador Rafael Fonteles, que não tem qualquer interesse em ver Jeová avançar no tabuleiro do poder.
Com tantas peças contra ele, resta saber se Jeová conseguirá reverter sua maré de derrotas ou se continuará refém de sua própria estratégia. Por enquanto, o cenário sugere que seu fogo amigo pode acabar virando um tiro no pé.