Programa Rouanet Nordeste é lançado em Teresina com investimentos de R$ 50 milhões
O Programa propõe medidas de investimento cultural, voltadas a projetos de impacto social relevanteO Programa Rouanet Nordeste foi lançado em Teresina na tarde desta quinta-feira (28), no auditório Canoas do Hotel Blue Tree Towers Rio Poty. A iniciativa faz parte da política de nacionalização de recursos de incentivo a projetos culturais, com investimento de até R$ 50 milhões nos estados de Alagoas; Bahia; Ceará; Maranhão; Paraíba; Pernambuco; Piauí; Rio Grande do Norte e Sergipe, incluindo ainda, o norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo. O lançamento do edital está previsto para março de 2025.
Participaram da solenidade a ministra da Cultura, Margareth Menezes; o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta; o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias; o governador do Piauí, Rafael Fonteles; e o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC, Henilton Menezes.
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"Esse projeto nasceu porque nós identificamos, no histórico da lei de incentivo do Ministério da Cultura, uma concentração muito grande, historicamente, da lei de incentivo no Sudeste, especialmente no Rio e São Paulo. Então nós estamos nessa política de nacionalização, não é uma descentralização, porque a gente não deixou de fazer em um lugar para fazer outro. É uma política de nacionalização onde, pela primeira vez, nós estamos tendo a oportunidade de fazer projetos, de fazer política para as pessoas que moram mais distante. E essa faz parte de uma correção histórica que nós estamos precisando fazer”, abordou a ministra Margareth Menezes.
Rouanet Nordeste
O Programa Rouanet Nordeste se baseia no Decreto de Fomento Cultural Nº 11.453/2023, que propõe medidas de democratização e nacionalização do investimento cultural, com ações afirmativas e de acessibilidade na região, voltadas a projetos de impacto social relevante.
A iniciativa visa valorizar ações de pequenos municípios e de gestores culturais que ainda não obtiveram recursos da legislação de incentivo à cultura. Além disso, o novo programa enfatizará manifestações culturais que envolvem pessoas negras, indígenas, comunidades tradicionais, de terreiros, quilombolas, populações nômades, povos ciganos, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e integrantes de outros grupos em situação de vulnerabilidade.
"Na Lei Rouanet acontecia muitas vezes de os maiores patrocinadores terminavam destinando já para esse ou aquele Estado. O que a ministra agora fez de diferente é colocar o valor do patrocínio. Com isso garante uma condição de uma elevação da participação de estados, como o Piauí e outros, que tinha um índice mais baixo”, abordou o ministro Wellington Dias.
Cinco áreas artísticas serão contempladas no programa: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Música e Literatura, que prevê o investimento de até R$ 10 milhões, por adesão das empresas estatais brasileiras (Banco do Brasil, BNB, Petrobras, Correios, Caixa, BNDES, Infraero, Serpro, Engea e outras).
Lei Rouanet
Entre outubro e novembro, o Ministério da Cultura (MinC) recebeu mais de 8,5 mil propostas de gestores culturais e proponentes submetidas à Lei Rouanet. A Pasta registrou a inscrição recorde de 19.129 propostas culturais em 2024. O total representa um aumento de 40,2% em relação ao ano anterior, que obteve a marca, antes inédita, de 13.635 submissões. Até o momento, o MinC já aprovou 7.887 propostas apresentadas ao mecanismo de fomento do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac).
Temos várias possibilidades de distribuição equilibrada desses recursos. A gente sabe que dentro da região, e isso acontece em todas as regiões, existem estados que conseguiram capturar mais historicamente. Mas o programa vem exatamente ao encontro da solução para isso. A gente vai estabelecer cotas estaduais, da mesma forma que estabelecemos lá quando fizemos o programa Rouanet Norte, que os sete estados receberam recursos de forma equilibrada", descreveu o ministro Henilton Menezes.