Sesapi confirma primeira morte de raiva humana após 11 anos sem casos no Piauí
A confirmação veio diante de exames realizados em um paciente que morreu após mordida de um saguiA Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou nessa sexta-feira (30/08) a primeira morte de raiva humana registrada no estado desde 2013. Um homem de 56 anos, residente na zona rural de Piripiri, morreu na terça-feira (27/08) em decorrência da doença após ser mordido por um sagui. O resultado dos exames, analisados pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, confirmou a presença do vírus da raiva no paciente.
O incidente ocorreu em 15 de julho, quando o homem foi atacado pelo sagui. Infelizmente, ele não buscou atendimento médico imediato, o que se mostrou fatal. Apenas em 6 de agosto, quase um mês após o ataque, o homem começou a manifestar os primeiros sintomas da doença, como febre, dor e alterações neurológicas, características típicas da raiva.
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Com a piora dos sintomas, o paciente foi transferido em 12 de agosto para o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina, onde recebeu tratamento especializado. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu e faleceu em 27 de agosto.
Em resposta ao ocorrido, a Sesapi afirmou que todas as medidas recomendadas pela literatura médica foram seguidas, com o apoio do Ministério da Saúde e de autoridades sanitárias americanas. A Secretaria também mobilizou a Secretaria de Saúde de Piripiri para realizar um levantamento da cobertura vacinal de cães e gatos na região, mesmo o caso envolvendo um animal silvestre. Além disso, a família da vítima recebeu orientações detalhadas sobre os riscos da raiva e as circunstâncias do incidente.
O caso acende um alerta para os perigos do contato com animais silvestres. A Sesapi reforça a importância de buscar atendimento médico imediatamente após mordidas ou arranhões, independentemente do animal envolvido. A vacinação de cães e gatos é destacada como a principal medida preventiva contra a raiva.
Os últimos casos de raiva humana no Piauí foram registrados em 2013, nas cidades de Parnaíba e Pio IX, evidenciando a gravidade e raridade da situação atual. A Secretaria continua vigilante e reforça a necessidade de prevenção para evitar novos casos.