Washington Bonfim comenta prisão de vereadora e se PSB vai expulsá-la da sigla

A expulsão da sigla vai depender da conclusão das investigações da Polícia Federal

Redação

3 de Abril de 2025 às 08:48

Em entrevista ao portal Conecta Piauí, o secretário de Planejamento do Piauí e presidente do diretório municipal do PSB, comentou a prisão da vereadora Tatiana Medeiros, investigada por envolvimento com uma facção criminosa. Tatiana já foi destituída da função que exercia no diretório da sigla e, segundo Bonfim, a expulsão da sigla vai depender da conclusão das investigações.

Foto: Reprodução

Washington Bonfim comenta prisão de vereadora e se PSB vai expulsá-la da sigla

“A gente tem que ter acesso, lá atrás, acho que em janeiro, eu tô verificando a data, a gente solicitou acesso ao processo junto à Polícia Federal. A Polícia Federal disse que nos daria acesso só quando terminassem as investigações. Aí como havia bastante indício de algum tipo de dificuldade que ela teria, a gente tomou a decisão de afastá-la da direção municipal do partido e elegeu uma nova direção já sem o nome dela, agora é aguardar os autos do processo, não dá pra falar sem que nossos advogados tenham uma visão geral do processo. A expulsão do partido depende dessa circunstância do inquérito”, afirmou.

SOBRE A OPERAÇÃO
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (03/04), a segunda fase da operação Escudo Eleitoral, com o objetivo de combater a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das eleições municipais de 2024 e a vereadora Tatiana Medeiros foi presa. Policiais Federais cumprem oito mandados judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e três de afastamento de função pública como vereadora e de cargos em comissão ocupados por investigados da Câmara Municipal de Teresina, da Assembleia Legislativa e da Secretaria de Estado de Saúde do Piauí. As ordens judiciais, cumpridas na capital piauiense e na cidade de Timon/MA, foram expedidas pelo 1º Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral no Piauí.

A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre candidata eleita ao cargo de vereadora na capital piauiense e expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado.

Há indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental.

Além das medidas judiciais citadas, o juízo eleitoral determinou a suspensão das atividades da ONG, com o consequente impedimento de receber qualquer novo aporte de recursos, e a proibição dos suspeitos afastados de suas funções de frequentarem os locais que trabalhavam e de manter contato com outros servidores.

Durante a deflagração, foi realizada ainda a prisão de uma pessoa que se encontrava com mandado de prisão preventiva em aberto.