Ciro Nogueira diz que direita tem falta de bom senso e prevê derrota na eleição
Disse que direita deve se unir para não perder ‘eleição ganha’O senador Ciro Nogueira (PP-PI) criticou a desorganização da direita e alertou que a falta de unidade pode favorecer a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Em publicação nas redes sociais, o ex-ministro da Casa Civil afirmou que o grupo precisa agir com “bom senso” e superar divergências internas para evitar um novo fracasso eleitoral.

Segundo Ciro, o campo conservador está dividido entre centro-direita, direita e extrema-direita, o que ameaça o desempenho nas próximas eleições. “Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez”, escreveu. O senador defendeu ainda que a oposição não pode se tornar “cabo eleitoral” de Lula e do PT.
A manifestação ocorre em meio à indefinição sobre a sucessão presidencial no campo bolsonarista. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é visto por aliados como o nome mais competitivo, mas tem demonstrado resistência em disputar o Planalto. Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue inelegível e enfrenta condenações judiciais, o que torna inviável sua candidatura.
Ciro Nogueira tem sido alvo de críticas de setores mais radicais do bolsonarismo por defender a articulação em torno de Tarcísio. Parte do grupo insiste em manter Bolsonaro como referência eleitoral e rejeita acordos políticos considerados “moderados”.
Entre os críticos está o empresário Paulo Figueiredo, que ironizou as declarações do senador. Em resposta, acusou setores da direita de acreditarem em “acordos com o establishment” e defendeu anistia ampla aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Paulo tem articulado com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pressões sobre o governo americano para que imponha sanções ao Brasil até que o Congresso aprove a medida.
A proposta de anistia enfrenta resistência no Supremo Tribunal Federal e entre lideranças do Congresso. O relator do texto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tenta costurar uma alternativa que reduza as penas, com maior chance de apoio. Aliados de Bolsonaro indicam que o ex-presidente aceitaria essa saída, desde que possa continuar em regime domiciliar.
Ciro voltou a se pronunciar após as críticas e reforçou que teme a permanência da esquerda no poder por mais um ciclo. Ele também manifestou preocupação com o estado de saúde de Jair Bolsonaro, afirmando que uma eventual prisão prolongada seria “cruel” diante das condições do ex-presidente.
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