Deputados apontam que cearenses continuam invadindo as terras piauienses
Os parlamentares realizaram uma reunião na UFPI para discutir sobre o assuntoNa noite desta quinta-feira (07/03), deputados e professores participaram de uma reunião na Universidade Federal do Piauí (UFPI) para discutir sobre o litígio entre o Piauí e Ceará. O deputado Gil Carlos (PT), um dos parlamentares presentes, diz que os cearenses continuam invadindo as terras piauienses. O deputado Ziza Carvalho (MDB) e Wilson Brandão (PP) também marcaram presença.
Segundo o geógrafo piauiense Erick Melo, que também estava presente na reunião, o objetivo do encontro é unir forças e mostrar para as autoridades como as terras do estado continuam sendo ocupadas.
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"Nós temos uma discussão de grande relevância porque envolve 13 municípios do Ceará mais nove municípios do Piauí que estão em uma área de disputa. Na verdade, é uma área que pertence ao Piauí e historicamente vem sendo ocupada pelo estado do Ceará e a nossa intensão hoje é mostrar pra sociedade, para as autoridades do estado como que esse território vem sendo ocupado com o passar dos anos, como que a gente pode fazer para recuperar esse território. E o ponto máximo é realmente unir forçar para recuperar esse território", disse o geógrafo.
A disputa já dura mais de um século e envolve 13 municípios cearenses e nove piauienses, chegando a cerca de 3. 210 km², com uma extensão de 425 km que o Piauí precisa rever. O marco natural é a Serra da Ibiapaba.
“O que eu vejo é que nós estamos com vozes isoladas. Nós estamos há dois, três meses de uma decisão prevista. A luta do Ceará parenta ser mais vigorosa do que a nossa porque eles estão trabalhando na defesa de quem está perdendo. O território é nosso. Eles estão lutando pra não perder”, disse Wilson Brandão durante discurso no evento.
O Piauí judicializou a questão do litígio em 2011 e o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Exército realizasse a perícia na região do litígio, na Serra da Ibiapaba. Agora, o litígio segue na fase de perícia, que está sendo realizada pelo Serviço Geográfico do Exército, que faz os estudos da contenda (rixa) e deve ser concluída em 2024.