Psicólogo alerta sobre apostas em políticos durante período eleitoral no Piauí

Com as eleições para prefeitos e vereadores do dia seis de outubro se aproximando cada vez mais, os ânimos dos eleitores ficam inflamados e não é incomum ver casos onde pessoas realizam apostas em seus candidatos. Além disso, com o surgimento das BETs – sistemas de apostas online – e jogos virutais de azar, o hábito de apostar se torna cada vez mais comum em diversos segmentos da sociedade. Essa prática gera danos a quem participa, podendo muitas vezes acarretar em prejuízos financeiros e psicológicos. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral proibiu a realização de apostas de cunho eleitoral. 

Foto: Reprodução

Psicólogo alerta sobre apostas em políticos durante período eleitoral no Piauí

O estudo Raio X do Investidor Brasileiro, realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha, mostra que cerca de 22 milhões de brasileiros, o que equivale a 14% da população, dizem ter feito pelo menos uma ‘bet’ em 2023. Os números evidenciam a febre que as apostas têm se tornado no país.

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Recentemente, um caso em Campinas do Piauí chamou a atenção da população. Um vídeo mostrando um caderno de apostas entre moradores do município circula nas redes sociais. Um dos apostadores, de nome Gilberto, aparece repetidas vezes, apostando valores que chegam a quase R$ 40 mil, além de animais como vacas e garrotes, que são filhotes de bovinos, de sua criação. As apostas seriam sobre quem venceria as eleições para prefeito de Campinas do Piauí. 

Um outro caso, desta vez no município de São João da Serra, também repercutiu nas redes sociais. Dois eleitores firmaram uma aposta sobre quem venceria as eleições para a prefeitura do município, valendo dois garrotes. A aposta teria sido registrada no cartório da cidade. Quem perdesse deveria dar dois animais para o outro. Um deles apostou na vitória do atual prefeito, Joãozinho Manú (PSD), enquanto o outro apostou na eleição do Aécio Almeida (MDB). O cartório do município alega não ter registrado a tal aposta. 

Foto: Eduardo Amorim / Conecta Piauí

Eduardo Moita

Além dos prejuízos financeiros e possíveis problemas legais, esse tipo prática também pode afetar negativamente a vida do apostador como em outros aspectos. O Conecta Piauí conversou com o psicólogo Eduardo Moita, que explicou por que o ato de apostar gera interesse nas pessoas. "Muitas vezes a pessoa, de forma cultural, enxergam as apostas como uma situação em que você está colocando fé em algo. O que acontece nesses momentos políticos e de disputa é que as pessoas colocam apostas que comprometem seu bem-estar e sua renda. É preciso entender que processos políticos existem, sempre existirão vencedores e perdedores, e que a democracia prevaleça", explica.