SP: STF tem 2 votos contra lei que proíbe linguagem neutra nas escolas
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela inconstitucionalidade da leiO ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela inconstitucionalidade da lei municipal de Votorantim (SP) que proíbe o uso de linguagem neutra nas escolas. A decisão do relator foi acompanhada pelo ministro Alexandre de Moraes, e o julgamento, iniciado no plenário virtual do STF em 1º de novembro, segue até o dia 11.
A ação, movida pela Aliança Nacional LGBTI+ e pela Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), questiona a competência dos municípios para legislar sobre conteúdos pedagógicos. Em junho, o STF já havia suspendido leis semelhantes em Águas Lindas de Goiás (GO) e Ibirité (MG), por entender que esses temas não são de competência municipal.
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A lei de Votorantim, promulgada em maio de 2023 pelo vereador Cirineu Barbosa (PL) e pelo ex-vereador Thiago Schiming (PSDB), defende o uso exclusivo da norma culta da Língua Portuguesa nas escolas, proibindo a chamada “linguagem neutra”, que, segundo o texto, “corromperia as regras gramaticais”.
A linguagem neutra é um uso inclusivo da língua, buscando expressões que não privilegiem o masculino ou feminino. Segundo o linguista Luiz Carlos Schwindt, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, essa forma de expressão reflete questões sociais e tenta incluir aqueles que não se identificam com o gênero masculino ou feminino. Algumas das estratégias incluem o uso de símbolos como "x" ou "@" em lugar das vogais.
- Resumo do Julgamento:
- Ação: ADPF 1166
- Início: 01/11/2024
- Término: 11/11/2024
- Plenário: Virtual
- Relator: Ministro Gilmar Mendes
- Requerentes: Aliança Nacional LGBTI+ e ABRAFH
- Intimado: Câmara Municipal de Votorantim (SP)
Com informações da CNN Brasil