'Compra pessoas', diz médica sobre repressão de Dr. Pessoa durante paralisação
Classe denuncia que prefeito Dr. Pessoa não cumpriu promessas feitas ao longo de sua gestãoOs médicos servidores da Fundação Municipal de Saúde de Teresina decidiram paralisar suas atividades nesta segunda-feira (29/01). A medida foi votada e decidida, por unanimidade, pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) na última quarta-feira (24/01). A classe afirma que o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) não cumpriu com as promessas feitas ao longo de três anos de gestão e que pacientes não estão recebendo o suporte necessário para o tratamento de suas comorbidades devido o descaso da gestão municipal para com a saúde pública.

Em um vídeo publicado pelo SIMEPI, a presidente do sindicato, Dra. Lúcia Santos, acusou o prefeito Dr. Pessoa de minar o movimento realizado pelos médicos com compra de pessoas. "Estamos nessa condição de caos na saúde do município de Teresina com um prefeito, que é medico, e que respondeu a tudo que falta na saúde de Teresina com promessas e ainda compra pessoas para poder minar o movimento dos médicos", diz.
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Em outro vídeo, o vice-presidente do sindicato, Dr. Samuel Moreira Rêgo, afirmou que Hospital de Urgência de Teresina não possui a medicação necessária para tratar de enfermos com quadros de convulsão. Pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) também estão sofrendo com a ausência de remédios para seus tratamentos, assim como portadores de diabetes da capital. Pacientes com mal de parkinson também não recebem seus medicamentos desde setembro de 2023.
Na reunião realizada na quarta-feira, também foi discutida a realização de concurso público, reajuste salarial e condições de trabalho da classe. A paralisação deflagrada na manhã desta segunda-feira teve concentração realizada em frente ao Hospital Lineu Araújo, localizado no Centro de Teresina.
O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) determinou a suspensão da paralisação dos médicos. Segundo decisão do desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, a categoria deve manter em atividade o contingente mínimo de 90% em cada uma das alas/setores das unidades de saúde do município de Teresina. Caso as condições determinadas pelo TJ não sejam cumpridas, o sindicato deverá pagar multa diária no valor de R$ 100 mil. Uma nota explicando a decisão foi publicada pelo Tribunal.
Confira a nota na íntegra
O Desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, do Tribunal de Justiça do Piauí, deferiu parcialmente o pedido de tutela da Fundação Municipal de Saúde (FMS) para suspender a paralisação dos médicos do município de Teresina programada para a próxima segunda-feira (29). A açăo foi impetrada pela assessoria juridica da FMS.
Segundo a decisão, a categoria deve manter em atividade o contingente mínimo de 90% em cada uma das alas/setores das unidades de saúde do Município de Teresina, para desempenho normal de suas atribuições, garantindo a prestação dos serviços de saúde à coletividade, sob pena de multa diária no valor de R$ 100.000,00 para a entidade, assim como o desconto integral dos dias não trabalhados pelos servidores, em caso de descumprimento.
A justificativa para a decisão é que a paralisação dos profissionais de saúde agrava substancialmente a prestação do serviço público de saúde no Município de Teresina e do Estado do Piauí como um todo, tendo em vista a suspensão dos setores de cirurgias, partos, exames e consultas.
"A deflagração da greve acarretará prejuízo aos milhares de usuários do Sistema Único de Saúde no Piauí que necessitam de atendimentos de assistência médica e hospitalar”, diz o texto.
Veja o vídeo: