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RJ: Seis pacientes transplantados receberam órgãos infectados com HIV

O caso foi confirmado após paciente que recebeu um coração apresentar problemas de saúde

Seis pacientes da fila de transplantes da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) testaram positivo para o vírus HIV após receberem órgãos contaminados, em um caso sem precedentes no estado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11/10) e confirmada pela SES-RJ, que está sendo acompanhada pelo Ministério da Saúde.

O caso veio à tona quando um paciente, que havia recebido um coração, apresentou problemas de saúde nove meses após o transplante. Exames confirmaram a infecção pelo HIV, e logo após a confirmação iniciou-se a investigação.

Foi revelado que pelo menos dois dos doadores tinham o vírus, mas o laboratório contratado pela SES-RJ para realizar a triagem não detectou a contaminação, liberando os órgãos para transplante.

Foto: DivulgaçãoO caso também está sendo investigado pelo Ministério da Saúde
O caso também está sendo investigado pelo Ministério da Saúde
 O laboratório, contratado em dezembro de 2023 por meio de licitação no valor de R$11 milhões, está sob investigação. A secretária estadual de Saúde, Cláudia Mello, anunciou que a triagem de exames sorológicos dos doadores foi transferida para o Hemorio, que agora está revisando os materiais de 286 doadores. Desde 13 de setembro, o Hemorio assumiu a responsabilidade pela análise de todas as doações.

Confira a nota da SES-RJ

“A Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera o caso inadmissível. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados.

O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio.

A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório.

Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis. Por necessidade de preservação das identidades dos doadores e transplantados, bem como do encaminhamento da sindicância, não serão divulgados detalhes das circunstâncias.

Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no Estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas.”

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