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Deputado Lindbergh Farias se mostra otimista com possível condenação de Bolsonaro

Durante a coletiva, o senador Lindbergh Farias comentou o extenso voto de Luiz Fux

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na tarde desta quinta-feira (11) o julgamento que pode resultar na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por participação em uma trama golpista. A sessão foi aberta pela ministra Cármen Lúcia, cujo voto é considerado decisivo para o rumo do processo.

Foto: Conecta PiauíSenador Lindbergh Farias
Senador Lindbergh Farias

Na avaliação do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o país vive um dia histórico. Ele ressaltou que o voto do ministro Luiz Fux, proferido ontem, trouxe contradições ao reconhecer a existência da chamada “Operação Punhal Verde e Amarelo”, um plano que, segundo as investigações, previa o assassinato de lideranças como o presidente Lula, o ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

“O ministro Fux condena o mordomo, o ajudante de ordens e até o candidato a vice-presidente, Braga Netto. Mas absolve o ex-presidente Bolsonaro. É como se fosse um golpe surpresa, em que todo mundo sabia, menos ele. Os peixinhos foram punidos e a cabeça, os tubarões, foram absolvidos. Isso é inacreditável.”

O senador destacou que, em julgamentos anteriores relacionados aos atos do 8 de janeiro, o mesmo ministro defendeu a tese de que havia uma organização criminosa, sem questionar o foro do Supremo. “Ele condenou 400 pessoas, mas agora livra Bolsonaro. É uma contradição evidente, até dentro da própria turma dele”, criticou.

Para Lindbergh, a expectativa é que os próximos votos, especialmente os da ministra Cármen Lúcia e do ministro Cristiano Zanin, sejam “duros” e consolidem uma maioria pela condenação.

“Houve uma tentativa de golpe de Estado, uma trama golpista. E hoje, acredito que o Brasil vai viver um momento importante para a sua história, que será a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos militares envolvidos nessa conspiração.”

Segundo o parlamentar, apesar de a oposição tentar usar o voto de Fux como respaldo jurídico para reforçar o debate sobre anistia, nem mesmo a base bolsonarista conseguiu se unir em torno dessa interpretação.

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