A campanha Janeiro Branco é uma iniciativa que busca conscientizar a população sobre a saúde mental e emocional. A campanha tem o objetivo de quebrar tabus sobre o tema, promovendo e difundindo a importância de buscar ajuda profissional, manter hábitos e cuidados com a saúde mental. O Conecta Podcast recebeu a psicóloga Fabíola Nogueira, que falou mais sobre o assunto e deu dicas de como buscar ajuda. 

Foto: Conecta Piauí

Fabíola Nogueira, psicóloga

Uma das dificuldades de quem apresenta problemas com a saúde mental é o tabu que existe na sociedade e que dificulta a busca do paciente por assistência especializada. 

• Receba Notícias do Conecta Piauí pelo Whatsapp
• Confira tabelas e resultados dos principais campeonatos.

"O que eu percebo é que a maioria das pessoas até aceita, mas é a questão da aceitação do outro. Então, ela tem medo de perder o trabalho, medo de perder o relacionamento, medo de ter problemas na família, porque a família não apoia. Nós estamos em 2025, não é mais para a gente estar sofrendo sozinho, não é mais para a gente estar sofrendo calado. É importante a gente começar a pedir ajuda e naturalizar essas situações", comentou a psicóloga.

Segundo Fabíola, problemas que atrapalham a saúde mental estão mais presentes no dia a dia da população do que se imagina. Portanto, alguns sintomas podem passar despercebidos pelo próprio paciente, que pode associar sintomas ao estresse da jornada diária, por exemplo. Entretanto, alguns sintomas devem ser levados em conta para que a pessoa possa perceber e procurar ajuda.

"O sono é o primeiro sinal. Quando você quer dormir demais e não é habitual seu, ou quando você começa a ter um sono mais inquieto, com pesadelo, já é um sinal de que algo precisa ser ajustado. Mudança de humor, você fica mais irritada quando percebe que está sem paciência para as coisas, ou da mesma forma quando fica mais triste, mais chorona, qualquer coisinha você já está sentindo. Outro aspecto também que é importante é você parar de fazer coisas que antes você gostava", alerta Fabíola.

Foto: Conecta Piauí

Entrevista Fabíola Nogueira, psicóloga

Ao apresentar algum dos sintomas, dentre vários que o paciente pode ter, a psicóloga destaca que procurar uma ajuda especializada ajuda no tratamento e aconselhamento, além de evitar problemas ainda maiores. As ajudas podem vir tanto de órgãos públicos, privados, além de ONG's destinadas ao aconselhamento preventivo.

"Ao nível público, nas prefeituras, estado e tem órgãos que contam com um atendimento psicológico gratuito. Você precisa se cadastrar. Você vai ao postinho e passa por uma consulta com o médico e ele vai encaminhando para as especialidades. A gente tem algumas que são do Governo Federal, que são mais específicas, que também vêm pela gente de saúde, o CREAS ou o NASF, CRAS, que as pessoas vão para algo mais social. É interessante procurar um psicólogo pelo plano de saúde. As faculdades hoje em dia têm escolas clínicas, escolas que fazem atendimento. O CVV, por exemplo, disponibiliza o telefone 188, que você pode ligar a qualquer dia, a qualquer hora para conversar", orienta a psicóloga.