A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reconhece a urgência de ações coordenadas diante dos índices alarmantes de sobrepeso e obesidade que afetam a América Latina. Em razão disso, a organização está liderando a iniciativa de fortalecer a união entre o Brasil e oito países latinos. No último atlas divulgado, a Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation - WOF) projetou que 1,8% das crianças brasileiras terão IMC alto até 2035.

Foto: Reprodução/Freepik

Saúde

Em resposta à crescente preocupação com a obesidade, a OMS implementou o Plano de Aceleração, um conjunto de estratégias para reverter o aumento das taxas globais. A iniciativa abrange um leque de ações, desde a criação de regulamentações até o estabelecimento de políticas fiscais e a colaboração entre diversos setores. Brasil, Chile, Argentina, Barbados, México, Panamá, Peru, Uruguai e Trindade e Tobago estão à frente do projeto visando à expansão do plano.

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“Se não agirmos de forma decisiva, as doenças evitáveis e as mortes precoces continuarão a aumentar”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS.

Números preocupantes no Brasil:

Segundo o Novo Atlas Mundial da Obesidade 2024, o índice de obesidade em adultos no Brasil é crescente, aumentando o risco de doenças crônicas e sobrecarregando o sistema de saúde. Não apenas, o Brasil enfrenta um cenário alarmante, com projeções indicando que a metade das crianças brasileiras estará com sobrepeso até 2035.

“Este número, que atualmente está em 1 a cada 3 crianças no Brasil, pode passar para 50% dos casos entre pessoas de 5 a 19 anos nos próximos 11 anos”, diz o documento.

Brasil deve enfrentar urgência com aliados 

A OPAS visa fortalecer a união entre os países, o que permite o intercâmbio de conhecimentos e boas práticas no combate à obesidade. O Brasil, inclusive, pode se beneficiar das experiências de países como o Chile, que já executa planos nacionais de prevenção da obesidade infantil e adolescente. Além do apoio técnico, a OPAS auxilia na implementação de políticas públicas e na capacitação de profissionais de saúde.

Além disso, aplicar medidas coordenadas em todo o país, como a rotulagem de alimentos, a regulamentação da publicidade em produtos de consumo não saudável e a promoção de atividades físicas é considerado mais eficaz do que medidas isoladas, permitindo um impacto maior na saúde da população.