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'Influencer de quê?': veja quais blogueiros piauienses já foram presos e o porquê

De ligação a facções a envolvimento em acidentes fatais, conheça os casos que chocaram o estado

No universo digital, onde influenciadores muitas vezes são vistos como exemplos a serem seguidos, diversos nomes populares do Piauí enfrentaram a Justiça nos últimos meses e anos. Com milhões de seguidores somados, eles protagonizaram casos que vão desde a divulgação ilegal de jogos de azar até acusações de homicídio e envolvimento com facções criminosas. A seguir, confira um resumo de alguns dos casos mais famosos envolvendo influenciadores digitais do estado.

Foto: Reprodução/Internet

Lokinho e Brizaac
Pedro Neto (Lokinho) e Stanlley Gabryell (Brizaac) são conhecidos nas redes sociais como um casal influente. Em meio à comoção pela perda de um bebê que seria gerado por barriga de aluguel, o casal também se viu envolvido em um grave acidente de trânsito , ocorrido na BR-316, em Teresina, que deixou duas pessoas mortas e duas crianças feridas. Eles são investigados por duplo homicídio e lesão corporal com dolo eventual. Brizaac está preso desde o dia do acidente; Lokinho responde em liberdade.


Ana Azevedo
Presença constante nas redes sociais, Ana Azevedo foi presa neste dia 30 de abril de 2025, durante a Operação DRACO 210: Faixa Rosa , sob suspeita de integrar uma facção criminosa com atuação em Teresina. Na casa onde foi localizada, também foram apreendidos um homem e uma arma de fogo. O coordenador do DRACO, delegado Charles Pessoa, classificou a influenciadora como “uma influenciadora do mal” e destacou o risco da atuação dela sobre os jovens.


Itallo Bruno
Com quase 2 milhões de seguidores na época, o influenciador Itallo Bruno foi indiciado pela Polícia Civil do Piauí pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de participar de um esquema que aplicava golpes por meio de falsos investimentos em redes sociais. Segundo a investigação, ao menos 51 vítimas relataram prejuízos financeiros. Outras 24 pessoas também foram indiciadas no mesmo inquérito.


Milena Pâmela
Milena Pâmela, empresária e influenciadora com mais de 210 mil seguidores, foi presa em 9 de outubro de 2024 durante a Operação Jogo Sujo II. A polícia a investiga por promover jogos de azar, estelionato, lavagem de dinheiro e indução do consumidor ao erro . Ela também é dona da marca de roupas Dondocas Girl’s e da Fortfio Brasil, de suplementos capilares. Segundo a investigação, ela movimentou cerca de R$ 1 milhão em dois meses. Milena foi solta nove dias após a prisão, mas continua respondendo ao processo.


Yrla Lima
Conhecida como Yrla Lima, Marta Evelin Lima de Sousa foi presa em 18 de dezembro de 2024 por divulgar plataformas ilegais de apostas. Mesmo após ordem judicial que a impedia de promover esse tipo de conteúdo, ela voltou a divulgar uma nova plataforma , o que motivou a prisão. Ela chegou a dizer em depoimento que o Instagram era sua única fonte de renda. A Justiça concedeu prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e proibiu o uso de redes sociais para fins relacionados aos jogos.


Essa sequência de prisões e investigações revela um lado obscuro do universo digital no Piauí, onde fama e influência nem sempre caminham com responsabilidade. As autoridades seguem monitorando o uso das redes como ferramenta de crimes, especialmente entre os chamados "influenciadores".

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