Faltam dois dias: será do Piauí o próximo bilhete bilionário da Mega da Virada?

Faltam apenas dois dias para o sorteio que pode mudar vidas, cidades e, quem sabe, a história de um estado inteiro. Na próxima quarta-feira, 31 de dezembro, a Caixa Econômica Federal realiza o concurso especial nº 2.955 da Mega-Sena, a tradicional Mega da Virada. Em jogo, um prêmio estimado em R$ 1 bilhão, o maior já anunciado desde a criação do concurso.

Não haverá sorteio tradicional neste sábado. Desde o último domingo (21/12), todas as atenções, e apostas, estão voltadas exclusivamente para a Mega da Virada, que concentra sonhos, cálculos improváveis e a expectativa de milhões de brasileiros às vésperas do ano novo.

As apostas seguem abertas até as 20h do dia 31, nas casas lotéricas credenciadas ou pela internet. O sorteio acontece às 22h, no último ato simbólico de 2025. E há uma regra que faz toda a diferença: o prêmio não acumula. Se ninguém acertar as seis dezenas, o valor será dividido entre os acertadores da quina, e assim sucessivamente.

No meio desse suspense nacional, um dado chama atenção e alimenta a curiosidade. O Piauí é o único estado do Nordeste que nunca teve um vencedor da Mega da Virada.

Enquanto isso, os vizinhos já celebraram. A Bahia lidera o ranking nordestino, com 12 ganhadores do prêmio principal, espalhados por anos como 2016, 2017, 2018 e 2023, muitos deles em apostas individuais e bolões, com destaque para Salvador e Euclides da Cunha. Ceará e Maranhão também figuram entre os mais premiados, impulsionados pela tradição dos bolões de fim de ano.

Alagoas, por exemplo, já sentiu duas vezes o impacto da sorte máxima: em 2013, com um bilhete de Maceió, e em 2015, com uma aposta feita no Sertão, em Água Branca. Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte também já tiveram seus momentos de virada. O Piauí, não.

É justamente essa ausência que transforma a expectativa em pergunta: será agora? Quem será o primeiro piauiense a quebrar essa escrita e colocar o estado no mapa dos bilionários da Mega da Virada?

A cada fim de ano, crescem as apostas, os bolões entre amigos, famílias e colegas de trabalho. Cresce também a sensação de que estatísticas existem para serem contrariadas. Em um concurso que não acumula e distribui tudo em uma única noite, a sorte pode morar onde menos se espera.

Daqui a dois dias, quando as seis dezenas forem reveladas, o Nordeste pode repetir histórias conhecidas, ou escrever uma inédita. Se depender da matemática, as chances são mínimas. Mas, se depender da esperança, o Piauí nunca esteve tão perto de virar essa página.