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IBGE divulga dados inéditos sobre autismo e coloca Piauí como líder em percentual

No estado, 22,1% dos lares têm pelo menos um morador com algum tipo de deficiência
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O Censo Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, revelou dados inéditos sobre o autismo no Brasil e destacou o Piauí entre os estados com maior proporção de domicílios com pessoas com algum tipo deficiência. No estado, 22,1% dos lares têm pelo menos um morador com algum tipo de condição, o maior índice entre todas as unidades da federação. Isso representa 236.814 domicílios com pessoas de dois anos ou mais de idade nessa condição.

Duas cidades piauienses apareceram entre as cinco com maior proporção de domicílios com pessoas com deficiência em todo o país. São José do Peixe registrou o índice de 35,3%, ficando em quarto lugar no ranking nacional. Logo atrás, Canavieira apresentou 35,19%, a quinta maior proporção do Brasil.

Pela primeira vez, o Censo incluiu uma pergunta específica sobre o diagnóstico de autismo. O resultado mostra que 37.856 pessoas no Piauí declararam ter recebido diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) por algum profissional de saúde, o que corresponde a 1,2% da população do estado, mesma média registrada no país, que contabilizou cerca de 2,4 milhões de pessoas com TEA.

Foto: DivulgaçãoTratamento multidisciplinar contribui para qualidade de vida da pessoa com autismo
Tratamento multidisciplinar contribui para qualidade de vida da pessoa com autismo

No Piauí, a prevalência do autismo é maior entre os homens, com 1,5% da população masculina declarando o diagnóstico, enquanto entre as mulheres o percentual é de 0,8%. Ao todo, são 23.978 homens e 13.878 mulheres com TEA no estado.

Entre as faixas etárias, os números mais altos se concentram nas crianças. Entre 5 e 9 anos, 3% têm diagnóstico de autismo. Na faixa de 0 a 4 anos, o percentual é de 2%, e entre 10 e 14 anos, de 2,1%. Juntas, essas faixas etárias somam 16.354 crianças com TEA no estado.

Os dados reforçam a necessidade de políticas públicas específicas, principalmente voltadas para a infância, já que a maior concentração de diagnósticos está justamente nessa fase da vida. O levantamento também marca um avanço importante ao incluir oficialmente o autismo nas estatísticas nacionais, possibilitando um planejamento mais eficiente e direcionado para as famílias e indivíduos com TEA.

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