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Limma anuncia calçamento para 125 famílias de comunidade quilombola de Esperantina

O anúncio do calçamento foi recebido com entusiasmo pelos moradores
Redação

Obra garantirá acesso ao casarão histórico, símbolo de resistência e memória afrodescendente no Piauí
Durante a culminância das atividades pelo Dia da Consciência Negra, realizada nesta quinta-feira (20) na comunidade quilombola Olho d’Água dos Negros, o deputado Francisco Limma (PT) anunciou a construção de 5 mil metros quadrados de calçamento para garantir acesso adequado ao casarão histórico, o principal símbolo cultural da localidade, onde residem cerca de 125 famílias, na zona rural da cidade de Esperantina, norte do Estado.

O parlamentar participou das apresentações culturais e solenidades realizadas no casarão e afirmou que, em conversa pessoal com o governador Rafael Fonteles, recebeu a confirmação da execução da obra, atendendo a um pedido dos moradores. “Esse é mais que um investimento em infraestrutura. É reconhecimento, valorização e respeito à história dessa comunidade”, destacou. 

Foto: ReproduçãoLimma anuncia calçamento para 125 famílias de comunidade quilombola de Esperantina
Limma anuncia calçamento para 125 famílias de comunidade quilombola de Esperantina

O anúncio do calçamento foi recebido com entusiasmo pelos moradores, que veem na obra um passo importante para a acessibilidade e o fortalecimento do turismo cultural. A infraestrutura vai facilitar a realização de atividades culturais, a circulação de visitantes e a promoção de ações educativas no casarão, considerado pela comunidade o "guardião da história" do povo negro local.

De símbolo da escravidão à preservação da identidade

Construído em 1847, a 189 km de Teresina, o casarão foi tombado como Patrimônio Cultural do Piauí pela Resolução nº 9.311, de 23 de março de 1995, da Fundação Cultural do Piauí (FUNDAC). Originalmente utilizado durante o período da escravidão, o espaço foi ressignificado pela comunidade, tornando-se um museu e centro cultural voltado à preservação da memória negra.

Apesar de carregar marcas de um passado doloroso, o casarão se transformou em espaço de resistência. A ocupação e utilização do local pelos descendentes de escravizados representam um ato de ressignificação e fortalecimento da identidade quilombola, garantindo que a história seja contada por quem dela faz parte.

“Este é o palco principal das atividades dos moradores, como o grupo afro cultural Iluaiê, composto por crianças e jovens de 5 a 16 anos, que utilizam arte, dança e manifestações tradicionais para manter viva a ancestralidade”, destaca o deputado Limma.

Museu preserva acervo cultural e religioso

O museu instalado no casarão abriga peças artesanais fabricadas pela própria comunidade, elementos tradicionais da cultura quilombola, além de artigos religiosos, como imagens de santos e oratórios. Nas paredes, fotografias e pinturas de personagens marcantes para a memória local, além de trabalhos de artistas piauienses, reforçam o elo entre passado, arte e identidade.