Defesa pede liberdade de motorista que matou casal atropelado em Teresina
Segundo a defesa, João Henrique possui problemas de saúde e cuida da avó com auxílio de uma tia
A defesa de João Henrique Soares Leite Bonfim , estudante de Direito de 22 anos, solicitou a revogação de sua prisão preventiva, sugerindo a substituição por medidas cautelares diversas. O jovem, envolvido em um acidente que resultou na morte de um casal, foi preso após dirigir embriagado e em alta velocidade no último domingo (01/12). A mulher morreu no local e o marido dela dois dias depois.
Os advogados argumentam que João Henrique é primário, sem antecedentes criminais, e que suas condições pessoais devem ser levadas em consideração na análise da necessidade da prisão. “João Henrique Soares Leite Bonfim é primário e não possui antecedentes criminais, conforme comprova a certidão negativa anexada. Ademais, possui residência fixa e exerce ocupação lícita, sendo estudante de Direito na Faculdade UNINOVAFAPI e funcionário da Locadora Viana, empresa do ramo de aluguel de automóveis”, destacou a defesa.
A defesa ainda enfatizou que o ocorrido foi um fato isolado na vida do acusado. “Portanto, a imputação em questão representa um fato isolado em sua vida, uma vez que não possui nenhuma condenação transitada em julgado em qualquer procedimento criminal anterior e dedica a sua vida ao trabalho e aos estudos”, complementou o documento.
Condição médica e contexto familiar
Conforme o documento, João Henrique enfrenta uma condição médica: uma má formação no septo atrioventricular, que exigiu cirurgias anteriores e exige medicação contínua. No entanto, segundo informações contidas no processo, ele tinha o hábito de dirigir em alta velocidade, compartilhando registros disso em grupos de WhatsApp .
A defesa também ressaltou o papel do jovem na dinâmica familiar. João reside com a avó de 91 anos e ajuda nos cuidados diários com o auxílio de sua tia, Rosana Maria Callado do Bonfim.
No dia do acidente, o motorista ultrapassou o sinal vermelho, atingindo uma motocicleta onde estavam as vítimas . A defesa sustenta que o histórico do acusado deve ser considerado ao avaliar a necessidade da prisão preventiva.
“Diante disso, as condições pessoais favoráveis do requerente devem ser consideradas por este Juízo ao avaliar seu grau de periculosidade social e decidir se a prisão cautelar é, de fato, a única medida capaz de tutelar os riscos à ordem pública e ao processo, ou se medidas cautelares diversas seriam suficientes para alcançar os objetivos visados pela restrição da liberdade”, concluiu o pedido da defesa.