Delegado detalha ação que prendeu menores que tocavam o terror em Teresina
Sete suspeitos foram presas e oito menores de idade apreendidos durante a ação
Na manhã desta quinta-feira (30/01), a Polícia Civil deflagrou a operação “Draco 182”, que resultou na prisão de 15 indivíduos, incluindo 8 menores de idade, suspeitos de integrarem uma célula de uma organização criminosa envolvida em diversos assaltos, entre eles, o ataque à residência do vereador João Pereira, em Teresina, ocorrido na madrugada de 17 de janeiro deste ano.
O coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, Charles Pessoa, detalhou o objetivo da operação, que incluiu o cumprimento de medidas cautelares de busca, prisões e apreensões de menores infratores.
Segundo o delegado, o grupo de criminosos estava atuando, especialmente na zona Leste da capital, realizando assaltos e gerando insegurança na região.
“O nosso objetivo foi dar cumprimento a diversas medidas cautelares, tanto de busca como de prisões e apreensões de menores infratores, um grupo de indivíduos menores de idade que estavam cometendo diversos assaltos, principalmente na região da zona Leste da capital. Um desses assaltos foi justamente na residência de um vereador aqui, de Teresina, dentre outros crimes, e hoje nós conseguimos retirar 15 criminosos de circulação, além das 13 buscas cumpridas, e desses 15, 8 menores de idade, os outros são maiores. Isso demonstra realmente o nível de periculosidade desses menores, o tanto de problemas que eles têm causado para a sociedade brasileira”, afirmou Charles Pessoa.
A operação também resultou na apreensão de armas e equipamentos utilizados pelos criminosos. O delegado destacou que o grupo fazia uso de rádios de comunicação para coordenar as ações criminosas e evitar a detecção pelas autoridades.
Charles também falou sobre a necessidade de revisão das leis, destacando que os menores infratores precisam ser mais responsabilizados por seus atos.
“Eu acho que a gente tem até que passar por um processo de atualização na nossa legislação, quando o ECA foi aprovado, a gente vivia uma fase da sociedade, da própria criatividade. Hoje nós temos a situação do contexto dessas facções criminosas, menores inseridos nesse contexto, então eu acredito que obrigatoriamente devemos passar por um processo de atualização na nossa legislação para que esses menores, eles fiquem encarcerados. Nós precisamos urgentemente atualizar a nossa legislação para que esses menores também sejam responsabilizados por esses crimes”, ressaltou.
O delegado finalizou mencionando as dificuldades enfrentadas pelas autoridades para combater o crime organizado, principalmente quando os criminosos contam com o apoio de outros indivíduos.
"Além das armas que nós aprendemos, nós apreendemos também um rádio de comunicação com esses indivíduos. Eles utilizam também equipamentos como esse para se comunicarem no momento das ações criminosas e também quando eles percebem essas operações policiais. Eles reagem quando têm oportunidade, quando não têm, eles tentam fugir do cerco policial, inclusive utilizando rádio de comunicação, infelizmente também tendo apoio de alguns outros", concluiu.
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