Delegado detalha primeiras investigações sobre execução de frentista em Teresina
Levantamentos iniciais buscam elucidar uma possível briga entre facções criminosas
A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), investiga o assassinato de Fernando da Paz Araújo , 36 anos, morto a tiros na tarde dessa terça-feira (15/04), enquanto trabalhava em um posto de combustíveis no bairro Parque Brasil, zona Norte de Teresina.
Segundo informações repassadas pelo delegado Robert Lavor, a vítima foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta. Ao perceber a aproximação dos suspeitos, Fernando ainda tentou fugir, mas foi alvejado e caiu sem vida em uma rua lateral ao posto. Os disparos atingiram principalmente a região das costas, tórax e cabeça, indicando que ele foi baleado enquanto corria dos criminosos.
Uma mulher, que estava dentro de uma residência próxima, também foi atingida no braço direito por um projétil que transfixou o corpo da Fernando. Ela foi socorrida e, de acordo com o delegado, não corre risco de morte.
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De acordo com o delegado, Fernando teria relatado à família que vinha sendo ameaçado, embora não tenha revelado os nomes dos responsáveis nem o motivo das ameaças. Ainda segundo as investigações iniciais, ele teria sido alvo de uma tentativa de homicídio no ano passado.
“Ele relatou para os familiares que estava sofrendo algum tipo de ameaça, não quis dizer quem estaria ameaçando e nem qual o motivo, e que no ano passado ele teria sofrido uma tentativa de homicídio. A gente tá aprofundando esses fatos, haja vista que ele morava ali na região do Cidade Jardim, pra entender essa dinâmica, se foi esses fatos lá do bairro onde ele morava que originaram a morte dele, já na região da Santa Maria da Codipi.”
Circulam nas redes sociais vídeos supostamente gravados por membros de facções criminosas, comemorando o assassinato. O DHPP está analisando esse material para verificar sua veracidade e apurar se há envolvimento direto dessas organizações no crime.
"Os investigadores do DHPP ficam bem atentos a movimentação nas redes sociais. Desde ontem, eles tiveram acesso a alguns vídeos de indivíduos que pertencem a organizações criminosas como se fosse comemorando o homicídio. Vamos, com calma, analisar quem tá propagando esses vídeos e ter uma ideia se realmente esse homicídio foi decorrente dessa briga de facção criminosa", afirmou Robert.