Plantão Policial

Investigação aponta irmão como suspeito de disparo que matou adolescente em Barras

Inicialmente, a versão apresentada era de que a vítima teria sido atingida por um disparo acidental

O caso da adolescente Ana Carla dos Santos da Silva , de 17 anos, que morreu na última sexta-feira (07/03), vítima de um disparo de espingarda em Barras , teve uma reviravolta. Agora, as investigações apontam para o irmão da vítima como o principal suspeito do disparo.

Foto: Reprodução
Espingarda que disparou por acidente em adolescente no Piauí era usada para caçar

Inicialmente, a versão apresentada era de que Ana Carla havia sido atingida no rosto após manusear a arma que ficava guardada na casa onde morava, no povoado Ponta do Mato, zona rural de Barras. A espingarda pertencia ao padrasto da jovem.

No entanto, uma fonte próxima à família revelou ao Portal Longah , que o irmão da vítima, identificado como G.S.S., já teria assumido a culpa pelo disparo. Além disso, a cena do crime foi lavada antes da chegada da perícia, dificultando a análise inicial. No entanto, a localização da bala poderá fornecer informações cruciais para o laudo pericial, que determinará o percurso do projétil.

Com a nova evidência, o caso, antes tratado como um acidente, passa a ser investigado como feminicídio e também como fratricídio, termo que define o assassinato entre irmãos.

Segundo relatos, Ana Carla e o irmão não tinham um bom relacionamento e constantes desavenças podem ter resultado no crime. “É uma tragédia que se abateu sobre a família, que está muito abalada. Muito sofrimento. Que Deus tenha piedade”, declarou a fonte à reportagem do Portal Longah.

A investigação ainda considera duas hipóteses: homicídio culposo, quando não há intenção de matar e o disparo pode ter ocorrido por negligência, imprudência ou imperícia; ou homicídio doloso, quando há intenção de cometer o crime.

Como G.S.S. também é adolescente e mais jovem que Ana Carla, se for comprovada sua culpa, ele poderá ser apreendido de acordo com as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê medidas socioeducativas para menores de idade em conflito com a lei.

A Delegacia de Polícia Civil de Barras segue investigando o caso e deve se pronunciar oficialmente após a conclusão das apurações.

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