Operador do tráfico está entre presos na Operação Capital Oculto em Teresina
Conforme as investigações, o investigado possuía estrutura criminosa independente de facçõesUm homem identificado como João Paulo, foi preso na manhã desta quarta-feira (22/10), apontado como o principal operador financeiro de uma rede de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Piauí. A prisão ocorreu durante mais uma fase da Operação Capital Oculto, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-PI), com ações simultâneas no Piauí e no Maranhão.

João Paulo foi detido com sua esposa em um imóvel de alto padrão localizado na Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina. De acordo com o Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), o investigado atuava como responsável pela movimentação financeira do grupo, utilizando empresas de fachada, uma confecção de roupas e negócios imobiliários para disfarçar os lucros obtidos com o tráfico de entorpecentes.

As investigações revelaram que João Paulo comandava sua própria estrutura criminosa, com divisão de funções e hierarquia definida, operando de forma independente das facções que atuam no estado. Segundo o coordenador do Denarc, delegado Samuel Silveira, ele investia parte do dinheiro ilícito na construção e locação de kitnets, prática usada para lavagem e ocultação de valores.

“Eles operavam o fato criminoso, independente das facções tradicionais. Então o fluxo financeiro se dava pelo tráfico, a lavagem por meio de empresas, quatro empresas sobretudo, três delas se eu não tiver enganado de fachada, uma loja de comercialização de roupas e tudo isso retornando para o tráfico por meio do seu fortalecimento com o incremento da arma de fogo e com fluxo cada vez maior de giro de droga”, destacou.

A operação cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão nos municípios de Teresina, Esperantina e Timon (MA). Até o momento, oito pessoas foram presas. Durante as diligências, os policiais apreenderam armas de fogo, drogas, veículos de luxo e um trator, que seriam utilizados pelo grupo criminoso nas transações e no transporte dos bens adquiridos com dinheiro do tráfico.
