A vereadora eleita Tatiana Medeiros está sendo alvo da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (17/12), em Teresina. A ação tem como objetivo investigar a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições Municipais de 2024.

Foto: Reprodução

Vereadora eleita investigada por suposto vínculo com facção em Teresina

Segundo informações da PF, até o momento, foram apreendidos cerca de R$ 100 mil em endereços ligados aos investigados, inclusive na ONG “Vamos Juntos”, fundada pela vereadora eleita. Os primeiros levantamentos das autoridades tiveram início logo após a divulgação do resultado das eleições, pelo surgimento de indícios de vínculo da candidata eleita com uma possível liderança de uma facção criminosa atuante na capital.

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Namorado preso e indicado

O namorado da vereadora eleita Tatiana Medeiros (PSB), Alandilson Cardoso Passos, foi preso no dia 14 de novembro, em um hotel, em Belo Horizonte. A prisão aconteceu no âmbito da Operação Denarc 64, que desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa ‘Bonde dos 40’, com atuação em Teresina e ramificado para outros estados.

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Prisão de Alandilson Cardoso Passos

No dia da prisão de Alandilson Cardoso Passos, Tatiana Medeiros estava ao lado do namorado em Belo Horizonte. Ele foi considerado foragido e no momento da abordagem realizada pela Polícia Federal, já estava com passagem comprada para São Paulo, levantando a suspeita de uma possível fuga.

Em nota, na época, a vereadora eleita em Teresina afirmou não possuir conhecimento sobre a questão e que não ter envolvimento com o caso.

Eu, Tatiana Medeiros, advogada, informo que estou em viagem de descanso após uma campanha política bem-sucedida. Reitero que não há conhecimento de nenhuma investigação em curso envolvendo a minha pessoa e manifesto meu repúdio veemente a todas as matérias jornalísticas que me associam a fatos infundados e inexistentes.

Como atuava a organização criminosa

Diante das investigações, foi constatado que os envolvidos já possuem uma extensa ficha criminal e se comunicavam financeiramente com as empresas interditadas. O alvo da operação foi Alandilson Cardoso Passos.

Ainda durante a operação, uma médica, identificada como Angélica Barbosa e seu pai, o empresário Josimar Barbosa, foram presos responsáveis por lavar dinheiro para a organização criminosa. Conforme as investigações, ambos operavam recurso de empresas ligadas à lavagem de dinheiro, e foram diagnosticados como movimentação financeira ilícita pelo Banco Central.

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Entenda como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí