Prefeitura deverá apresentar soluções para irregularidades na UPA do Promorar
A nossa equipe já presenciou várias situações vergonhosas e desumanas com a populaçãoO Conecta Piauí já recebeu diversas denúncias de que as Unidades de Pronto Atendimentos (UPA's), de Teresina, oferecem um péssimo serviço. A nossa equipe já presenciou várias situações vergonhosas e desumanas com a população em várias dessas UPA's.
Entre uma delas está a do Promorar, e o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio da 29ª Promotoria de Justiça de Teresina, expediu recomendação administrativa ao presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina para que sejam sanadas irregularidades encontradas por lá.
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Conforme o promotor de Justiça Eny Pontes, que assinou o documento no dia 28 de maio, as inconformidades foram elencadas em relatório de fiscalização oriundo do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), que apontou problemas como desabastecimento de medicamentos e insumos da unidade, e déficit na estrutura física e de pessoal, apresentando consultórios médicos precários, ar-condicionado e fechaduras das portas sem manutenção, torneiras quebradas, mofo, infiltrações, lâmpadas queimadas e cadeiras de atendimento sem ergonomia.
Segundo o relatório, o déficit de profissionais estaria causando sobrecarga de trabalho e haveria médicos atendendo mais de 80 pacientes por plantão, quando a referência desejável normatizada pela Resolução CFM nº 2077/2014 seria de, no máximo, três pacientes a cada hora por médico.

Outro problema apontado foi a falta de papel para impressão no aparelho de eletrocardiograma (ECG). “O relatório do SIMEPI informou que pacientes precisam tirar fotos ou filmar o monitor durante a realização do exame, impossibilitando a correta avaliação pelo médico”, explicou Eny Pontes.
Também foram relatados a superlotação da UPA, com pacientes expostos em macas nos corredores e enfermarias fechadas; forte odor na Sala Verde; elevador quebrado; relatos de assédio moral aos profissionais médicos para aumentarem o número de atendimentos; acúmulo ilegal de função; demissão de médicos e servidores sem motivação e sem prévia notificação; demora na regulação dos pacientes; relatos de furtos dentro da UPA e nas redondezas; e repouso dos profissionais sem lençóis, com os colchões rasgados, camas quebradas e em número insuficiente.

Para o pleno atendimento da recomendação, foi estipulado o prazo de 30 dias.


Com informações do Ministério Público do Estado do Piauí.