Fábio Novo acusa Ciro Nogueira de bloquear R$ 800 milhões para Piauí

Valor é referente a investimentos em obras de infraestrutura e à construção da ala oncológica do HU
Redação

O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Piauí, deputado estadual Fábio Novo , acusou o senador Ciro Nogueira (PP) de ter atuado contra a liberação de cerca de R$ 800 milhões em recursos destinados ao estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro . A denúncia foi publicada nas redes sociais de Fábio Novo na manhã deste domingo (21/12) e faz referência a investimentos em obras de infraestrutura e à construção da ala oncológica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Segundo Fábio Novo , quando Ciro Nogueira ainda não ocupava o cargo de ministro da Casa Civil, teria rompido momentaneamente com o governo Bolsonaro ao tomar conhecimento da liberação do montante ao Piauí . De acordo com a publicação, o senador só teria retomado a relação com o governo após ser convidado para assumir o ministério. “Toda essa crise se deu por conta da liberação de R$ 800 milhões para o Piauí. Ele era contra e quase surtou quando tomou conhecimento”, afirmou o dirigente petista.

As declarações de Fábio Novo repercutem entrevista concedida pelo senador Marcelo Castro (MDB) ao Jornal do Piauí , na qual ele detalha os bastidores do episódio. Marcelo afirmou que os recursos, provenientes de um empréstimo do Banco do Brasil, chegaram a ser suspensos após a posse de Ciro Nogueira como ministro da Casa Civil , por meio de uma portaria assinada pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes, que suspendeu temporariamente a análise de operações de crédito para estados.

Ainda segundo Marcelo Castro, a suspensão teria ocorrido por interferência direta de Ciro Nogueira, o que levou o Governo do Piauí a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) . Conforme relatado pelo senador, a Corte determinou a liberação imediata dos recursos. “Uma perseguição dessa ao Estado do Piauí eu não posso me conformar”, afirmou Marcelo, ao criticar o impacto da medida em áreas sensíveis, como o tratamento de câncer.

Assista

Leia também