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‘Até os urubus encontraram caminho no aterro’, alegam catadores de Teresina

São 350 famílias cadastradas na associação que cobram ações do apoio do poder público

Associação dos Catadores de Lixo do Aterro Sanitário de Teresina voltou a cobrar ações da Prefeitura em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Teresina, na manhã desta quinta-feira (09). Sem trabalhar, as famílias alegam que “até o urubus encontraram o caminho” de se “sustentar” no lixão, enquanto os catadores ainda seguem desamparados. 

“Os catadores levaram essa questão para o prefeito [que os catadores disputavam espaço com os urubus no lixão], eles disseram que os urubus encontraram o caminho deles [para se “sustentar no lixão” e a prefeitura não encontrou o caminho para ser resolvido com esse pessoal. E acredito que nessa audiência pública a gente vai ter uma evolução nesse caso”, destacou o advogado David Leite ao Conecta Piauí. 

Foto: Heitor Carvalho/Conecta PiauíAdvogado da classe, David Leite
Advogado da classe, David Leite

De acordo com o advogado da classe, David Leite, a Prefeitura Municipal apresentou ações para realocar os catadores em empresas privadas, através de parcerias, além da realização de cursos para inserir estas pessoas no mercado de trabalho. 

São 350 famílias cadastradas na associação que necessitam de apoio do poder público, informou ao Conecta Piauí João Rodrigues, diretor de finanças da Associação dos Catadores do Aterro Sanitário de Teresina. Impossibilitadas de comercializar o material recolhido no aterro, as famílias cobram apoio, como a entrega de cestas básicas. 

Foto: Heitor Carvalho/Conecta PiauíJoão Rodrigues, diretor de finanças da Associação dos Catadores do Aterro Sanitário de Teresina
João Rodrigues, diretor de finanças da Associação dos Catadores do Aterro Sanitário de Teresina

“As questões de trazer melhoria, no caso das cestas básicas para já ir agilizando essas famílias enquanto os empregos vão chegando. O prefeito nos prometeu tanto emprego quanto também nos prometeu revitalizar a associação que hoje está num estado muito ruim para trabalhar. Não tem como nós trabalhar lá, nós estamos sem banheiros, nós estamos sem uma estrutura boa para trabalhar”, explicou João.

A classe defende a formalização da associação para garantir maior fiscalização e dignidade no trabalho realizado pelas famílias e a reforma do local que, segundo o diretor de finanças, não conta com a estrutura básica para receber os trabalhadores. Nesta sexta-feira (10) será realizada outra reunião com o prefeito Silvio Mendes para debater as demandas do grupo.

Foto: Assembleia Legislativa do Estado do PiauíLixão de Teresina
Lixão de Teresina

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