CREA-PI alerta: elevado da Miguel Rosa corre risco de colapso se nada for feito
Conselho piauiense pede limitação de carga e velocidade até conclusão de estudo técnicoO Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) divulgou nesta quinta-feira (13/11) um relatório técnico sobre o desnível identificado no elevado da Avenida Miguel Rosa, em Teresina. O documento aponta que a estrutura apresenta um rebaixamento em um dos elementos de sustentação e recomenda medidas imediatas de controle de tráfego para evitar acidentes.
De acordo com o presidente do CREA-PI, Hércules Medeiros, os estudos iniciais indicam que o problema está concentrado em um trecho específico do viaduto. “As orientações preliminares apontaram que o problema está realmente aqui. É um recalque, esse elemento teve um rebaixamento, que foi o que causou esse desnível”, explicou. O presidente reforçou que é fundamental identificar as causas do rebaixamento e monitorar se o desnível tende a aumentar. “Isso pode causar acidentes inclusive fatais, por isso recomendamos um estudo aprofundado e um projeto de intervenção”, completou.
Enquanto o projeto definitivo é elaborado, o CREA orienta limitar a velocidade e o tráfego de veículos pesados no trecho. Medeiros destacou que “hoje nós temos dois elementos rompidos, de um total de seis, e isso pode agravar o problema”, reforçando a necessidade de monitoramento diário da estrutura. Segundo ele, caso a Prefeitura não consiga garantir o controle de carga e velocidade, a interdição deve ser considerada. “Se não houver limitação, a recomendação é interditar, porque uma vida não tem preço”, afirmou.
O vice-presidente do conselho, Pedro Marques, acrescentou que o relatório será disponibilizado ao público e encaminhado à Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) Sul, responsável pela área. “Frisamos bastante a questão do controle do tráfego de veículos de grande porte e da redução da velocidade sobre a estrutura”, explicou. Ele destacou que o documento “traz um diagnóstico inicial da situação” e que um estudo mais detalhado deve ser conduzido pela Prefeitura.
Marques ainda reforçou que uma eventual interdição depende das medidas que serão adotadas pelos órgãos municipais. “Se a Prefeitura não conseguir controlar o trânsito de cargas e a velocidade, recomenda-se a interdição até a execução do projeto de intervenção”, pontuou.
O CREA informou que o relatório completo será publicado no site do conselho e encaminhado aos órgãos de fiscalização, como o Ministério Público e a Defensoria Pública da União, além da Prefeitura de Teresina, responsável pelas providências técnicas e operacionais sobre o elevado.