Crianças em tratamento de AME no Hospital Infantil visitam Papai Noel em Teresina
A AME é uma doença genética que afeta os neurônios motores, que impacta de forma progressivaNesta sexta-feira (20/12), oito crianças com idades entre 3 e 13 anos, internadas no Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) e em tratamento para Atrofia Muscular Espinhal (AME), viveram um momento especial.
Elas participaram de um passeio natalino no Teresina Shopping para visitar o Papai Noel, em uma iniciativa que simbolizou mais do que uma celebração de fim de ano: foi um marco de humanização e acolhimento na política de saúde do Governo do Estado.
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A organização do passeio envolveu uma equipe dedicada de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais e outros profissionais de saúde, garantindo a segurança e o bem-estar dos pequenos pacientes.
"Proporcionar esse passeio é emocionante, porque conseguimos levá-los para um ambiente externo e mostramos que, com os cuidados adequados, é possível que um dia elas possam voltar para suas casas. Mais do que um presente de Natal, é também uma política pública em saúde voltada para a desospitalização, que o hospital vem trabalhando há anos”, destaca Ribamar Bandeira, diretor geral do HILP.
A AME é uma doença genética que afeta os neurônios motores, impactando de forma progressiva os movimentos, a fala, a respiração e a alimentação. Por conta disso, essas crianças enfrentam uma rotina hospitalar intensa e extraordinária de acompanhamento multidisciplinar contínuo.
“Para elas e suas famílias, deixem o ambiente hospitalar, mesmo que por algumas horas, represente um respiro de alegria e esperança”, informa Lorena Mesquita, pediatra e responsável pelo projeto AME no Piauí.
Laila de Araújo é mãe do pequeno Jayson Ruan, uma das crianças em tratamento para AME. Ela diz que, anualmente, as crianças são presenteadas com essa visita e que é grata por isso. "Estou me sentindo muito agradecida por darem essa oportunidade a ele vir conhecer o Papai Noel. Todo ano eles trazem nossas crianças e sou muito grata por toda equipe do hospital infantil", comenta.
Maria da Conceição é mãe da Nicaele, que já está fazendo o passeio pela segunda vez. Para Maria, o momento é importante por tirar as crianças da rotina de exames hospitalares. "Para nós é um momento muito especial, já é o segundo ano que ela vem e sempre somos bem recepcionados. Para eles é legal porque é diferente do dia a dia, pois eles sempre vão para consultas hospitalares e para nós é um momento muito gratificante por eles poderem ver algo novo, diferente da rotina", diz.
O passeio foi uma lembrança de que, mesmo em meio aos desafios de uma condição tão delicada como a AME, é possível construir momentos de alegria e esperança. Uma celebração que, além de encantar, inspirou o compromisso contínuo de oferecer um cuidado mais humano e inclusivo às crianças que lutam diariamente contra a doença.