Estudantes inauguram sala na USP com o nome da estudante piauiense Janaína Bezerra

Estudantes do campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP) inauguraram nesta segunda-feira (25/11) uma sala que leva o nome da estudante piauiense Janaína Bezerra, vítima de feminicídio na UFPI em 2023. Intitulado "Ocupação Sala Lilás Janaína Bezerra Vive!", o espaço é inaugurado em uma data simbólica, quando se comemora o Dia de Combate à Violência contra a Mulher. A ocupação é promovida pelo Movimento de Mulheres Olga Benario e pelo Movimento Correnteza.

Segundo os estudantes, o espaço, que estava abandonado há anos e sem uso, foi revitalizado por alunos da universidade, que decidiram transformar o local em um centro de acolhimento para mulheres vítimas de violência.

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Ainda segundo postagem dos estudantes nas redes sociais, na universidade, considerada uma das mais elitizadas do Brasil, há uma escassez de salas de aula e recursos para atender a demandas sociais, como o apoio a mulheres em situação de violência. Diante disso, as estudantes reivindicam que a USP adote medidas protetivas, implemente um protocolo de acolhimento e encaminhamento de vítimas de violência e crie um Centro de Referência.

Caso Janaína

A estudante de jornalismo Janaína da Silva Bezerra foi encontrada desacordada na manhã do dia 28 de janeiro de 2023 com ferimentos e fraturas pelo corpo no campus Ministro Petrônio Portela, na UFPI, após uma festa universitária que ocorreu no Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Foto: Reprodução/Rede Social

Thiago Mayson, condenado por assassinar Janaína Bezerra

O laudo médico aponta que a vítima estava com o pescoço quebrado e foram identificados sinais de violência sexual. O ex-mestrando de matemática Thiago Mayson foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão, após julgamento que durou 21h. 

O julgamento, presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nolleto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina. O réu foi condenado pelos delitos que foram imputados a ele na denúncia: homicídio, vilipêndio, fraude processual e estupro de vulnerável.