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DadosPI: Milhares de domicílios estão em áreas de risco de inundação no Piauí

O levantamento mostra que o número de lares afetados saltou 7.5 mil em 2017 para 15.5 mil em 2022
Redação

Um dos principais desafios ambientais e urbanos do estado do Piauí é o elevado número de domicílios localizados em áreas de risco de inundação. De acordo com os dados no portal dadosPI do Doverno do Estado, a situação é preocupante, especialmente em regiões urbanas mal planejadas e áreas ribeirinhas mais vulneráveis.

Foto: ReproduçãoRio Parnaíba transborda após chuvas em Uruçuí e alaga regiões ribeirinhas
Rio Parnaíba transborda após chuvas em Uruçuí e alaga regiões ribeirinhas

Os dados do ano de 2022 trazem à tona a necessidade de uma ação coordenada entre autoridades públicas e a população para minimizar os impactos das enchentes.

O que os dados mostram

Os dados indicam que milhares de famílias residem em áreas propensas a inundações, especialmente em municípios cortados por rios como o Parnaíba e seus afluentes. Em Teresina, capital do estado, estima-se que um número significativo de domicílios está situado em áreas críticas, como bairros que margeiam o Rio Poti e o Rio Parnaíba.

Foto: DadosPIQuantidade de domicílios sujeitos a risco de inundação em 2022
Quantidade de domicílios sujeitos a risco de inundação em 2022

Por exemplo, levantamentos mostram que aproximadamente 5.000 residências em Teresina estão localizadas em áreas classificadas como de alto risco de inundação durante o período de chuvas intensas, que geralmente ocorre entre os meses de dezembro e abril.

Além disso, municípios como Parnaíba, Picos, Floriano e Piripiri também apresentam índices alarmantes de ocupação em regiões vulneráveis.

Foto: Conecta PiauíImpacto das chuvas em Picos
Impacto das chuvas em Picos

Municípios mais afetados

De acordo com o gráfico disponível no portal de dados do governo, é possível observar uma concentração significativa de residências em áreas de risco de inundação em determinados municípios.

  • Teresina lidera o ranking, com cerca de 5.000 domicílios localizados em zonas de alto risco, representando uma parcela preocupante da população urbana da capital.
  • Em Parnaíba, aproximadamente 1.200 domicílios encontram-se em áreas vulneráveis, devido à proximidade com o Rio Igaraçu e zonas alagadiças.
  • Floriano e Piripiri também apresentam números relevantes, com 850 e 600 domicílios, respetivamente.

O gráfico demonstra ainda uma tendência de aumento do número de áreas vulneráveis nos últimos anos, refletindo o impacto de fatores como crescimento populacional desordenado e mudanças climáticas.

Foto: DadosPIO levantamento mostra  que o número de lares afetados saltou 7.5 mil em 2017 para 15.5 mil em 2022
O levantamento mostra que o número de lares afetados saltou 7.5 mil em 2017 para 15.5 mil em 2022

Impactos das inundações

As enchentes têm consequências devastadoras para as famílias que vivem nessas áreas. Entre os impactos mais frequentes estão:

Perdas materiais: Casas e pertences são destruídos pelas águas.

Riscos à saúde: O contato com a água contaminada aumenta os casos de doenças como leptospirose e hepatite A.

Deslocamento de pessoas: Muitos moradores precisam deixar suas casas e buscar abrigo temporário em escolas e ginásios.

Prejuízos econômicos: Pequenos comerciantes e agricultores locais sofrem com danos às suas produções.

Foto: ReproduçãoFortes chuvas em Picos
Fortes chuvas em Picos

Fatores de Risco

Os principais fatores que contribuem para essa situação incluem:

Ocupação desordenada: A falta de planejamento urbano leva muitas famílias a construir casas em áreas que deveriam ser preservadas.

Desmatamento: A retirada da vegetação às margens dos rios aumenta o risco de enchentes, pois reduz a capacidade do solo de absorver água.

Mudanças climáticas: Eventos climáticos extremos, como chuvas mais intensas, têm se tornado mais frequentes, agravando o problema.

Foto: ReproduçãoChuvas intensas alagam plantações e causam prejuízos em Uruçuí
Chuvas intensas alagam plantações e causam prejuízos em Uruçuí

Iniciativas para a solução

Para mitigar os riscos de inundações, o governo do estado, em parceria com prefeituras municipais, tem implementado algumas medidas:

Mapeamento das áreas de risco: Os municípios estão utilizando tecnologias de georreferenciamento para identificar as regiões mais vulneráveis.

Reassentamento de famílias: Projetos habitacionais estão sendo desenvolvidos para realocar famílias em áreas mais seguras.

Obras de infraestrutura: Melhorias nos sistemas de drenagem e construção de barragens para conter o avanço das águas.

Educação ambiental: Campanhas de conscientização buscam orientar a população sobre os riscos de habitar áreas de inundação.

Embora os números de 2022 revelem uma realidade preocupante, iniciativas concretas e coordenadas podem reverter esse cenário. No entanto, é fundamental que as políticas públicas sejam acompanhadas de uma maior fiscalização e de investimentos contínuos em infraestrutura e conscientização.

Para mais informações e atualizações sobre os dados de risco ambiental no estado, acesse Dados Piauí.

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