Seca no Piauí: Superintendente da Codevasf Marcelo Filho comenta medidas adotadas
Quase metade dos municípios estão em estado de emergênciaMarcelo Vaz da Costa Castro, presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), abordou em entrevistas a meios de comunicação do Piauí, nesta manhã de segunda-feira (14/10), a importância das obras de infraestrutura para amenizar os efeitos da seca no Piauí.
Entre as iniciativas executadas pela Companhia, por meio da Superintendência Regional no Piauí, estão a perfuração e a instalação de poços tubulares. Neste ano, já foram implantadas 163 unidades em 38 municípios, tais como Flores do Piauí, São João do Piauí e São Raimundo Nonato.
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O presidente falou um pouco mais sobre essas ações que estão sendo tomadas para diminuir os impactos da seca no estado, com investimentos de cerca de R$ 190 milhoões. “A perspectiva da empresa pública federal é de finalizar 2024 com um total de 211 poços tubulares instalados em 54 municípios piauienses. Encerraremos o ano uma ação de grande impacto local, economicamente sustentável e, acima de tudo, que proporciona água potável às famílias que mais necessitam”, disse o superintendente da Companhia no Piauí.
A Codevasf desempenha um papel crucial na implementação de projetos de irrigação, construção de barragens, adutoras, e sistemas de abastecimento de água em regiões afetadas pela estiagem. Essas obras são fundamentais para garantir o abastecimento de água para a população e para a agricultura, que depende de irrigação em muitas áreas do estado.
Adutoras e barragens: segurança hídrica
Estruturas que armazenam e distribuem água tratada para abastecimento urbano e rural, as adutoras também desempenham papel importante para pequenos agricultores irrigantes. Uma delas, localizada em Dirceu Arcoverde, já está em funcionamento e atende quase R$ 4 mil habitantes. A Codevasf concluiu ainda a adutora de Vila Nova, que abastece 1200 mil pessoas na zona rural do município.
“Além destes dois municípios, até o final do semestre, planejamos concluir a adutora de Buriti dos Lopes, que beneficiará 18 mil pessoas. Já para os próximos anos, a meta é concluir o sistema adutor de São Raimundo Nonato, uma obra de R$ 50 milhões que atenderá 70% dos povoados da zona rural”, avalia Marcelo Castro Filho.
Outra estrutura importante que ameniza os efeitos do período seco é a barragem. Com a função de armazenar água, contribuir com o abastecimento humano, fortalecer a piscicultura e a produção de alimentos, é uma obra a longo prazo de suma relevância para o homem do campo e grandes produtores rurais.
“Estamos na fase final da construção da barragem de Atalaia, em Sebastião Barros, que tem previsão para ser inaugurada no próximo ano e atenderá também a população dos municípios vizinhos de Corrente e Cristalândia, no extremo sul piauiense, totalizando quase 40 mil pessoas. Fruto de convênio com o Governo do Estado, a estrutura está com 85% construída, no rio Paraim, e tem investimentos na ordem de R$ 81 milhões”, informa o superintendente.
Seca no Piauí
A situação de seca no Piauí tem sido preocupante, com quase metade dos municípios declarados em estado de emergência. A estiagem prolongada tem impactado fortemente a agricultura, o abastecimento de água e a vida da população rural. A falta de chuvas regulares agrava a condição do semiárido piauiense, colocando em risco tanto a produção agrícola quanto a segurança hídrica das comunidades.
O Piauí, assim como outros estados do Nordeste, enfrenta o desafio constante de lidar com as consequências das mudanças climáticas, que tendem a intensificar a frequência e a gravidade das secas na região.