Advogado Kakay diz que prisão de Bolsonaro é inevitável: 'Resta recorrer ao bispo'
Para Kakay, o relatório da Polícia Federal foi técnico e minucioso para embasar a denúnciaEm entrevista ao IelCast, com o apresentador Iledyson Vasconcelos, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos juristas mais reconhecidos do Brasil, comentou a votação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que formou maioria nesta quarta-feira (26/03) para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Os cinco ministros votaram a favor da aceitação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que resulta na abertura de um processo penal contra os acusados, que poderão enfrentar penas de prisão.
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Para Kakay, o relatório da Polícia Federal foi técnico e minucioso para embasar a denúncia. “Acompanhei o primeiro dia de julgamento, quando foram analisadas as preliminares, e eu sempre dizia que seria rápido... A delação, embora seja um instrumento importante, não é necessária para a condenação de Bolsonaro, do Coronel Heleno, do Coronel Braga Neto, de todos eles que serão réus a partir de hoje. A materialidade do fato está comprovada, tudo isso foi debatido longamente”, afirmou.

“Tudo aquilo que nós, advogados democratas que defendemos a Constituição, queremos é que seja dada a eles liberdade até o final, antes de recorrer à prisão. Essa prisão pós-condenação é simbólica. Primeiro, temos que pensar nos presídios brasileiros... Os líderes podem pegar 28 anos de cadeia, a pena mínima é de 13 ou 14 anos, mas o Bolsonaro terá a pena exacerbada, com um limite muito alto. E acho que a prisão é inevitável. Como se diz na minha cidade, Patos de Minas, só resta recorrer ao bispo. Até setembro, esse processo estará julgado”, completou.
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